Três hospitais públicos estaduais instalados em Porangatu, Campos Belos e Águas Lindas de Goiás vão receber usinas de oxigênio medicinal adquiridas pelo Ministério Público do Trabalho com aval da Justiça do Trabalho. Pedido neste sentido foi feito pelo secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, no dia 23 de março diante do agravamento da pandemia de Covid-19 e da dificuldade para adquirir o produto. A compra já foi efetuada e paga a primeira parcela de um total de R$ 2,570 milhões. A segunda será quitada após a instalação das usinas.O pedido da SES foi prontamente atendido pelo MPT e Justiça do Trabalho que destinaram para a compra das usinas o volume de recursos proveniente de multas e indenizações trabalhistas. Contrato entre a empresa fluminense Separar e a Associação Goiana dos Engenheiros de Segurança do Trabalho (Agest) que gere parte dos recursos levantados pelo MPT, foi fechado no dia 28 de março.Pelo contrato, a Separar tem um prazo de 45 dias para instalar as centrais geradoras de gases medicinas nos hospitais de Porangatu, Campos Belos e Águas Lindas de Goiás. A usina com maior capacidade é destinada ao município do Entorno do Distrito Federal. A unidade irá gerar 40 metros cúbicos de oxigênio por hora. Em seguida vem a de Porangatu, com capacidade de produzir 22 metros cúbicos por hora e a de Campos Belos, 13 metros cúbicos por hora. Em janeiro a SES informou que a rede de infraestrutura e tecnologia do Governo de Goiás vinha atuando para garantir oxigênio aos pacientes com síndrome respiratória aguda grave, uma das principais manifestações provocadas pela Covid-19. O oxigênio hospitalar é fundamental para garantir a respiração de pessoas com pulmões comprometidos. De acordo com a pasta os hospitais públicos da rede estadual em Formosa, Luziânia, Trindade e São Luís de Montes Belos mantinham estoque seguro de oxigênio para o suporte respiratório. No último, uma usina com capacidade de gerar 20 metros cúbicos por hora, possibilita a autonomia da unidade hospitalar. Em outras frentes de combate à Covid-19, o MPT e Justiça do Trabalho destinaram R$ 1,3 milhão para o financiamento de projeto de pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG) que originou o teste RT-Lamp, que é rápido, barato e preciso, tecnologia já transferida para seis laboratórios sem nenhum custo; e R$ 586 mil para aquisição de 500 capacetes Elmo que têm demonstrado eficácia no auxílio do tratamento de pessoas acometidas com a doença.