-Imagem (1.2425182)Com a flexibilização dos protocolos de segurança em relação à Covid-19 em Goiânia, as paróquias da capital já se preparam para as celebrações da Semana Santa contarem com menos restrições e serem mais parecidas com o período pré-pandemia. Procissões e encenações devem ocorrer pela cidade.No Santuário Basílica Sagrada Família, na Vila Nova Canaã, as procissões do período quaresmal já estão ocorrendo. “Toda sexta, às 5 horas, estão sendo feitas procissões que os fiéis podem acompanhar”, diz o padre Rodrigo de Castro. Atualmente, os templos religiosos de Goiânia podem funcionar com 80% da capacidade máxima e não é mais obrigatório o uso de máscaras em ambientes abertos.Castro, que é reitor do santuário, afirma que depois de dois anos enfrentando restrições mais severas, as expectativas para as comemorações deste ano são grandes. “Teremos as procissões rotineiras, as vias sacras, uma série sobre Cristo (leia mais abaixo) e com a lotação de até 80% acreditamos que as missas vão poder ocorrer quase que normalmente”, explica.O padre aponta que, apesar da retomada de várias atividades presencias, o Santuário Basílica seguirá com transmissões online das missas e procissões. “Vamos retomar em um esquema híbrido, pois sabemos que existem muitas pessoas que ainda se sentem mais seguras em casa”, pontua. Castro destaca também que dentro da igreja o uso de máscara ainda deverá ser respeitado. O tradicional beijo na cruz na Sexta-feira Santa também não estará liberado.O reitor esclarece que uma espécie de drive-thru montado pela santuário no estacionamento da igreja também continuará funcionando. “Lá as pessoas podem chegar de carro, a pé, de bicicleta ou qualquer outro meio, e terão acesso à confissão, água benta e o Santíssimo, dentre outras coisas. Não temos planos de desmontar”, diz.As paróquias Nossa Senhora da Assunção, na Vila Itatiaia, e Nossa Senhora da Penha, no Buriti Sereno, terão procissões no Domingo de Ramos e também devem produzir encenações. O espetáculo Paixão de Cristo ocorrerá no estacionamento da Paróquia Nossa Senhora da Assunção, no dia 15 de abril, às 19 horas. Os ensaios já estão sendo realizados.O POPULAR entrou em contato com a Arquidiocese de Goiânia, que comunicou que ainda não está com o planejamento das celebrações finalizado, mas que assim que ele for concluído as orientações serão repassadas para as paróquias e que ela seguirá se preocupando com a saúde e segurança dos fiéis.TrindadeEm Trindade, o Santuário Basílica ainda não decidiu como será a programação durante a Semana Santa, mas a tendência é que ocorra uma procissão entre o santuário e a igreja matriz. Na última semana, o padre e reitor do Santuário Basílica de Trindade, João Paulo Santos, disse que a Festa do Divino Pai Eterno, que deve ser realizada entre 24 de junho a 3 de julho, começou a ser organizada para acontecer de forma presencial. O evento pode ser suspenso caso o cenário da pandemia se agrave. A definição deve ser em maio.Já a encenação do sofrimento e morte de Jesus Cristo na Rodovia dos Romeiros irá acontecer pela primeira vez desde 2019. Os ensaios, que são diários, estão sendo feitos desde o dia 1º de março e a Grande Caminhada de Fé: vida, paixão e morte de Cristo irá ocorrer no dia 15 de abril, a partir das 7 horas. A encenação é feita pelo Grupo Desencanto de Teatro. “Teremos precauções. Uma ambulância acompanhará todo o trajeto”, diz Amarildo Jacinto, diretor de arte do espetáculo.Em Trindade, o uso de máscaras em locais abertos não é mais obrigatório. A prefeitura do município informou que as pessoas poderão acompanhar a encenação e comunicou que na ocasião haverá carros de som avisando sobre os cuidados em relação à Covid-19 como, por exemplo, procurar não formar aglomerações e usar máscaras em locais fechados.Sagrada Família produzirá série sobre Paixão de CristoO Santuário Basílica Sangrada Família, na Vila Canaa, está gravando uma série que deverá ser reproduzida na igreja ao longo da Semana Santa de 2022. Intitulada Paixão de Cristo: onde mora o coração, a série foi a alternativa encontrada pelo santuário para driblar os possíveis revezes da pandemia da Covid-19.O diretor da série, Tiago Benetti, diz que um espetáculo sobre a Paixão de Cristo leva cerca de seis meses para ser produzido e, levando em conta o cenário de epidemiológico do final de 2021 e início de 2022, existia a possibilidade de uma encenação ser cancelada ou sofrer restrições às vésperas da apresentação por conta de alguma eventualidade negativa devido à pandemia de Covid-19. “São mais de 200 pessoas envolvidas. São meses de preparação. Não dá para fazer algo de uma hora para a outra”, explica.Por isso, a produção de uma série em audiovisual foi a melhor estratégia pensada pela equipe para que uma encenação sobre o episódio da morte de Jesus Cristo não passasse em branco. “Começamos a escrever em dezembro. Depois, sentamos com o reitor e ele deu o aval”, diz. As gravações e montagem da séria já estão sendo feitas. Em 2020 e 2021, foram produzidos materiais menores sobre a Paixão de Cristo.A programação inicial é de que a série, que conta com oito episódios, seja reproduzida depois das missas ao longo da Semana Santa, começando pelo Domingo de Ramos. Depois, os episódios ficarão disponíveis no YouTube para que os fiéis possam assistir.“Vamos falar da infância de Cristo, da relação dele com Nossa Senhora, com os avós e também com José”, finaliza.Cidade de Goiás terá todas as procissõesDepois de dois anos com impedimentos ligados à Covid-19, a Cidade de Goiás voltará a comemorar com menos restrições as semanas religiosas dos Passos, das Dores e Santa. As tradicionais procissões e encenações do período também voltarão a a ser realizadas.O provedor da Venerável Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Passos, Rafael Lino Rosa, explica que o retorno das atividades só foi possível por conta do decreto municipal publicado na última quinta-feira (17), que tornou facultativo o uso de máscaras em ambientes abertos. “É um trabalho que (normalmente) fazemos desde agosto, e que agora estamos fazendo às pressas.” Serão feitas as procissões do Depósito, do Encontro, do Translado, das Dores, de Ramos, do Senhor Morto e da Ressurreição, que acontecem há quase 300 anos e não foram celebradas nos últimos dois anos por conta da pandemia.Entretanto, Rosa explica que as atividades contarão com algumas adaptações e restrições como, por exemplo, o uso da máscara em ambientes fechados e o impedimento da formação de aglomerações nos locais abertos. “E distanciamento nas filas de procissão”, enfatiza.