Localizado em frente ao estacionamento do Parque Mutirama, no Centro de Goiânia, o gigante florido chama a atenção de quem passa. O ipê amarelo presente na região não se destaca somente pela beleza, mas também pela história. Afinal, a árvore tem quase um século, sendo considerada a mais antiga de sua espécie da cidade. Como meio de preservar esse vestígio natural e histórico, a Prefeitura de Goiânia quer tombar o ipê para que ele passe a ser patrimônio da capital.De acordo com a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), o processo para o tombamento do ipê amarelo da avenida Contorno foi remetido para a Secretaria de Cultura (Secult) em fevereiro deste ano. Essa, por sua vez, ficará por conta de protocolizar o pedido e enviá-lo à Câmara Municipal, o que ainda deve ser feito.Ao POPULAR, a bióloga da Amma, Wanessa de Castro, estima que o ipê tenha cerca de 90 anos de idade. “Ali era uma casa. Uma senhora que plantou a árvore, que tem uma coloração diferenciada, robusta”, diz.Essa mesma coloração, um amarelo vivo de encher os olhos, pode ser apreciada justamente nesta semana. No entanto, conforme a bióloga, é preciso correr.“Esta é a época do ano para os ipês florirem, entre agosto e setembro. Eles ficam floridos de 3 a 5 dias, e isso acontece justamente por causa do stress hídrico”, explica Wanessa, que destaca que o tempo seco e de calor é exatamente o que faz a árvore ficar coberta de flores.Segundo ela, o tombamento é essencial não só para a preservação histórica da árvore, mas também para sua sobrevivência. “Com o tombamento, esse ipê não vai poder ser derrubado. Vai ter que aumentar a área permeável dele, que está pequena, e também produzir mudas dele”, conclui.Leia também:Paineiras colorem de rosa as ruas e os arredores de GoiâniaIpê-roxo de 40 anos alvo de crime ambiental é recuperado em Goiânia