A audiência de custódia de Wanderson Mota Protácio, preso no último sábado (4), está prevista para ocorrer nesta segunda-feira (6). Ele é apontado como autor do triplo homicídio ocorrido em Corumbá de Goiás no dia 28 de novembro, que vitimou sua namorada, a enteada e um fazendeiro da região. Segundo a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP), em sua primeira noite preso no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, Wanderson “está tranquilo” e permanece isolado na cela.Wanderson ficou foragido por seis dias até se entregar à polícia. Uma força-tarefa com mais de 50 policiais civis e militares foi montada para encontrar o suspeito, que foi convencido por uma fazendeira a se render. A audiência irá determinar se Wanderson continuará detido.CrimesWanderson Protácio é suspeito de matar a companheira, Raniere Aranha Figueiró, de 19 anos, grávida de quatro meses, a enteada, Geysa, de 2 anos, e o produtor rural Roberto Clemente de Matos, de 73. O rapaz também teria tentado estuprar e matar a mulher de Roberto, Cristina Nascimento Silva, de 45. Ela foi atingida por um tiro no ombro, e o suspeito fugiu com a caminhonete do casal.O rapaz já responde por uma tentativa de homicídio em Goianápolis, ocorrida em 2019. Na ocasião, Wanderson teria esfaqueado uma companheira. Ele chegou a ficar preso pelo crime entre dezembro de 2019 e março de 2020, quando recebeu liberdade condicional. Em Minas Gerais, no município de São Gotardo, ele responde por latrocínio. Segundo as investigações, Wanderson teria assassinado um taxista com golpes de faca após roubá-lo na companhia de outros três colegas.Quando tinha 13 anos de idade, Wanderson também foi apontado como autor de um homicídio. Como já está com 21 anos, ele não responde mais por esse ato infracional, segundo o delegado. Ao ser julgado, Wanderson também poderá ter a pena aumentada em virtude dos agravantes, como o fato de ele ter matado a namorada na frente da filha, por exemplo.PrisãoWanderson foi levado à delegacia pelos donos da fazenda, cuja mulher o convenceu a se entregar. Em seguida, foi encaminhado para a Delegacia Regional de Polícia de Anápolis, onde prestou depoimento e confessou os crimes cometidos. Antes de ser conduzido ao Complexo Prisional em Aparecida de Goiânia – em que permanece preso -, Wanderson passou pelo Instituto Médico Legal (IML), para fazer exame de corpo de delito.