O juiz Lourival Machado da Costa, responsável por presidir o tribunal de júri do assassinato do jornalista esportivo Valério Luiz de Oliveira, sorteou uma nova turma de jurados do caso na tarde desta quarta-feira (4). A cada nova temporada de júris, os magistrados são obrigados a sortear novos jurados que irão participar dos julgamentos. Depois de sofrer três adiamentos, o júri popular do caso está marcado para o dia 13 de junho. Costa é juiz da 2ª Vara Criminal de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri Entretanto, dessa vez, ele sorteou uma turma de jurados listados na 4ª Vara Criminal de Crimes Dolosos Contra a Vida e Tribunal do Júri. A mudança vem depois de uma movimentação da defesa do empresário Maurício Sampaio, acusado de ser o mandante do crime, na última segunda-feira (2).Na ocasião, logo no início do julgamento, a defesa de Sampaio requereu o adiamento do júri popular alegando que a competência do julgamento é da 4ª Vara e que, por isso, o corpo de jurados também deveria ser dela. Na ocasião, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) se manifestou pelo indeferimento do pedido. Na sequência, o juiz afirmou que a lista estava nos autos, que a defesa tinha conhecimento e que não requereu no momento oportuno, decidindo pelo indeferimento do pedido.Leia também:- Advogados de Maurício Sampaio são multados em 100 salários após abandonarem júri- Caso Valério: Você vai pagar para que um réu não fuja do júri- Manobras da defesa deixam júri do caso Valério imprevisívelLogo depois, alegando a parcialidade do juiz, os advogados informaram que iam se ausentar do tribunal até que se julgue uma exceção no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Diante das alegações, o juiz afirmou que os recursos que cabiam à defesa já foram julgados e que não era o momento para os pedidos. O motivo do abandono do júri foi considerado pelo magistrado como ilegítimo. Pelo abandono, os advogados foram multados em 100 salários mínimos e o juiz pediu para que a Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional do Distrito Federal (OAB-DF) faça uma investigação de conduta. Além disso, ficou decidido que a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) estará presente para atuar na defesa de Sampaio, caso os atuais advogados renunciem ou se recusem a participar do julgamento no dia 13 de junho.