Depois de pedido de vistas feito pelo desembargador Eudélcio Machado Fagundes, o julgamento de recurso do caso Davi Sebba, foi adiado. O magistrado entendeu que é necessário analisar melhor os autos para decidir sobre o pedido de qualificação para o crime praticado por um policial militar no dia 5 de julho de 2012. O advogado Davi Sebba foi morto com um tiro quando estava no estacionamento do Carrefour do Setor Sudoeste. Três policiais trabalhavam numa ação que investigava tráfico de drogas.Na sessão de julgamento realizada na tarde desta terça-feira (8), os advogados de acusação e defesa tiveram dez minutos para sustentação oral. Advogado de acusação, que representa a família de Davi Sebba, Allan Hahnemann Ferreira reforçou que foi apresentado recurso para que a pronúncia do policial Jonatas Atenevir Jordão tenha qualificadoras, como a de impossibilidade de defesa da vítima. Entre os argumentos, disse que o advogado não estava armado e que a arma encontrada no carro foi plantada no local.Entre as provas para justificar que a arma foi colocada no banco do carro de Davi Sebba depois que ele já havia sido morto, diz que há exames periciais que mostram que o carro do advogado estava a 40 km por hora e que a cabeça do advogado chegou a bater no para-brisa na colisão com um poste, dentro do estacionamento do supermercado, logo depois de ser baleado. “Com este impacto, como a arma permaneceria no banco. Mesmo se estivesse nas mãos do Davi, ela iria ao solo.”Advogado de defesa dos três policiais que atuaram no dia da morte de Davi Sebba, Tadeu Bastos argumentou durante seus dez minutos que os militares estavam no exercício da função e que os disparos só foram feitos porque Davi Sebba reagiu e atirou contra os policiais. Ele ainda disse que os policiais militares estavam no local atuando em apoio a uma operação da Polícia Federal que buscava grandes traficantes. “A versão da acusação não colide com o que existe nos autos.”O desembargador Eudélcio Machado Fagundes disse ao final das argumentações que precisaria analisar novamento os fatos. Ele tem até três sessões para retornar com seu voto. A primeira câmara criminal se reúne a cada semana, nas terças-feiras. Mas ainda há prazo para recursos e os envolvidos ainda podem recorrer às instancias superiores, como Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF).