Atualizada às 11h22*Uma liminar da Justiça do Trabalho determinou que a Prefeitura de Goiânia reforme o Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) do Setor Vila Nova, na região leste da capital. Esta é a quarta condenação da administração municipal em menos de um ano, segundo a procuradora do Trabalho à frente do caso, Milena Costa.Na lista de obrigações a serem cumpridas estão a regularização da estrutura física da unidade com reforma de pisos, paredes, pintura interna e externa, cobertura, rachaduras, fissuras, vazamentos e infiltrações; limpeza dos ambientes de trabalho; e manutenção na rede elétrica.“Há grandes riscos de acidentes de trabalho devido à precariedade da estrutura física das unidades de Saúde administradas pela Prefeitura. A falta de limpeza dos ambientes e dos banheiros, principalmente, é algo inadmissível, especialmente num local que deve prezar justamente pela saúde das pessoas. E não apenas os servidores e terceirizados estão expostos a riscos, como também toda a população que vai a esses lugares procurando atendimento”, pontuou a procuradora.O prazo estipulado é de 180 dias, contados do trânsito em julgado da decisão, para iniciar os serviços. Caso não cumpra as obrigações, está prevista multa de R$ 20 mil por item não atendido.Leia também:Justiça condena Prefeitura por condições precárias em unidades de saúdeGoiânia é obrigada a adotar providências para melhorar condições de trabalho no Cais CampinasUm ano após reforma de R$ 1 milhão, UPA de Goiânia tem parte interditada por problemas estruturaisFalta de médicos compromete atendimento em domicílio da Rede Municipal de Saúde em GoiâniaEm sua defesa, a Prefeitura argumentou que o município “vem adotando todas as medidas necessárias à devida manutenção dos serviços prestados no Cais Vila Nova, não se podendo inferir que existem irregularidades no local”. Alegou também que “vem realizando estudos e contratações para que as unidades de saúde mantenham uma estrutura adequada, com a regularização e adequação de todos os pontos que se mostrarem necessários”.A defesa afirmou ainda que, mesmo que algumas irregularidades tenham sido apontadas, “não ocorreu falha em pontos sensíveis, que pudessem gerar riscos extraordinários aos pacientes e trabalhadores”, e, por isso, a unidade manteve-se em funcionamento. Por fim, declarou que não seria viável a realização de manutenção de todas as unidades de forma simultânea, pois isso “esgotaria todo o recurso da secretaria, inviabilizando o próprio pagamento dos profissionais.”Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que, desde o início de 2021, a atual gestão tem se empenhado em projetos de melhoria das unidades de saúde que, segundo a pasta, por anos, ficaram sem manutenção e reforma adequadas. O informe diz ainda que o trabalho precisou ser adiado por conta da pandemia e que, com o novo cenário, já contratou uma empresa especializada em manutenção, reforma e construção."As primeiras ordens de serviços devem ser assinadas em breve para início de um grande programa de recuperação das unidades de saúde do município de Goiânia, incluindo o Cais Vila Nova", completou.