A mãe da estudante Luana Carneiro de Melo, Rosemary Carneiro de Freitas, criticou a Justiça argentina e disse que a Embaixada do Brasil não a ajudou em nada durante a investigação do caso. A estudante, natural de Jataí (GO), foi encontrada morta no apartamento em que morava em Buenos Aires, na Argentina, em março 2018.Inicialmente, a polícia argentina apontou que Luana Carneiro morreu de causas naturais. Mas dois meses depois, uma perita levantou a suspeita de homicídio e o caso começou a ser investigado. Ficou constatado que o celular da vítima estava ativo e conseguiram rastreá-lo e localizá-lo com o irmão de Iver Uruchi Condori, condenado nesta quarta-feira (21) à prisão perpétua.Em entrevista ao jornal O POPULAR, a mãe da estudante comentou que sentiu um alívio com a condenação e teve o sentimento de que a justiça foi entregue à memória da Luana, que tanto lutava por esta causa. De acordo com Rosemary, a justiça Argentina estava processando o acusado apenas pelo furto do celular e não pelo homicídio.“Considerando as provas que estavam no processo que, na época, já contava com mais de duas mil páginas, pressionamos para que fosse dada a devida atenção ao caso e o acusado ser pelo menos processado por homicídio. Com a ajuda das redes sociais e da imprensa, conseguimos dar visibilidade ao caso.”, informou. Ela conta que durante o processo, o acusado deu duas versões diferentes sobre o caso. Nas audiências do julgamento ele mudou novamente e deu uma terceira versão. Somente ao final da investigação ficou comprovado que Condori tinha acesso ao apartamento, roubou o celular que estava na cama com Luana e demais bens e a asfixiou em seguida.“Sabemos que não é o fim, já que Uruchi Condori ainda poderá recorrer. Se mantida a sua condenação, ele poderá progredir de regime em 20 anos”, concluiu a mãe. Conforme seu relato, a Embaixada brasileira na Argentina só a procurou uma vez para fornecer o telefone de um advogado no país e nunca mais entrou em contato.O POPULAR entrou em contato com o Consulado Geral do Brasil na Argentina por telefone e e-mail, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.Leia também:Assassino de estudante de Jataí é condenado à prisão perpétua na ArgentinaMorre adolescente que teve perna triturada em máquina agrícola, em Alvorada do Norte