A Polícia Civil do Estado de Goiás (PC-GO) ouviu a mãe que abandonou sua bebê recém-nascida em uma obra de Cristalina, no Entorno do Distrito Federal, no último domingo (9). A mulher de 32 anos alegou que engravidou porque foi estuprada, em outro estado, e que não queria ter a filha. Ela teria conseguido esconder a gestação da família.A criança foi encontrada por uma vizinha do local ainda com o cordão umbilical, enrolada em um pano molhado, com restos de placenta e sinais de hipotermia, segundo a Polícia Militar (PM-GO). Uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar (CBM-GO) fez o primeiro atendimento na casa da mulher que encontrou a bebê, e a PM levou a criança até uma Unidade de Saúde. A menina passa bem e deve ser levada para um abrigo de Cristalina.Após receber alta hospitalar, a mãe foi identificada e levada à delegacia da Polícia Civil no município para prestar depoimento, onde relatou sua versão ao delegado Juliano Campestrini. A partir das investigações preliminares, a polícia considera que a versão da mãe pode ser verdadeira.“Parece difícil de acreditar, mas nossas indicações prévias estão nos levando a acreditar que de fato isso ocorreu desta maneira (gravidez por estupro). Claro que nós iremos aprofundar as investigações com a finalidade de entender se isso é mesmo verídico, com a oitiva de mais testemunhas”, afirma o delegado. Após prestar depoimento, a mulher foi liberada.A Polícia Civil trata o caso como abandono de recém-nascido, crime previsto no artigo 134 do Código Penal. “(Esse crime) ocorre quando a mãe abandona o recém-nascido com a finalidade de ocultar a desonra própria. Uma criança fruto de um estupro, possivelmente, de maneira quase que evidente, traria uma desonra para essa mãe”, explica Juliano, ressaltando que as investigações ainda serão aprofundadas. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por O Popular (@jornal_opopular)