O Tribunal Superior de Ética Médica do Conselho Federal de Medicina (CFM) suspendeu o exercício profissional do médico Wesley Noryuki Murakami pelo período de 30 dias. Ele é acusado de deformar pacientes que passaram por procedimentos estéticos em Goiás e no Distrito Federal, usando uma substância chamada PMMA, usada normalmente em pacientes com Aids. A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF (DODF) desta quinta-feira (5).Em 2018, Polícia Civil recebeu quatro denúncias contra Murakami. Na época, os pacientes relataram que, após os procedimentos feitos com o profissional, ficaram com a aparência completamente deformada. O médico atuava em uma clínica no Setor Oeste, em Goiânia, mesmo sem ter nenhuma especialidade registrada no Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego).Leia também:Médico que teria deformado rosto de quatro pacientes em Goiânia é investigado pela políciaCremego alerta sobre riscos do PMMA para bioplastiasSobe para 11 número de denúncias contra médico suspeito de deformar pacientes em Goiás e no DFNo mesmo ano, Murakami foi preso em Goiânia, a pedido da Polícia Civil do Distrito Federal, onde 15 pacientes alegaram que tiveram deformidades no rosto após serem atendidas pelo médico. Na ocasião, havia também 14 denúncias em Goiás. A prisão foi revogada em 2019.CFMEm consulta ao portal do Conselho Federal de Medicina (CFM), foram encontrados dois registros em nome de Murakami, ambos em suspensão temporária. A inscrição principal é do estado de Goiás, datada de 06/08/2003. Já a secundária é do Distrito Federal, realizada em 13/10/2009. O médico não possui especialidade registrada.RespostaA reportagem não conseguiu contato com o médico nem com sua defesa. Os números informados na conta de Muramaki no Instagram constam como inexistentes. Também foi enviado um questionamento, por e-mail, ao CFM sobre o motivo da atual suspensão, mas, até o fechamento desta matéria não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.