-Imagem (1.1813481)Duzentos e vinte e quatro galos, da raça índio gigante e a maioria mutilada, foram resgatados de rinhas até esta quarta-feira (18) pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema) de Goiânia. O titular da especializada, Luziano Severino de Carvalho, explica que as apreensões aconteceram após denúncias anônimas, que foram apuradas. De acordo com o investigador, a especializada recebeu informações e investiga a possível existência de rinha com canários-da-terra e curiós. “Estamos investigando. Estes pássaros são mais briguentos.”Além dos galos, os policiais apreenderam nas rinhas buchas, biqueiras de plástico, serra para bico, canivetes, jogos de agulhas, frascos de remédios, imobilizadores para transportes e kit completo de rebolo. Estes itens, de acordo com o delegado, são colocados nos animais para lutarem nas rinhas. Luziano explica que a Dema recebe muitas denúncias de maus-tratos e pede que além das informações sejam enviadas fotos e vídeos. “As fotos e vídeos corroboram com a investigação, ajudam a comprovar”, pontua.No último sábado (14), o médico com registro em Goiás, Leônidas Bueno Fernandes Filho, e outras 40 pessoas foram presas em uma "rinha" de cachorros em uma chácara em Mairiporã (SP). O profissional foi solto após audiência de custódia na segunda-feira (16). Segundo a Polícia Civil, tanto o médico quanto um médico veterinário, que também foi preso em flagrante, mas já liberado, eram responsáveis por reanimar os cães após as lutas.O médico veterinário e funcionário da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), André Luís Sotero Vital, também foi preso na rinha. Em nota oficial, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Amazonas (CRMV-AM) lamentou "profundamente a suspeita da participação de um médico-veterinário que, segundo a Polícia Civil de São Paulo, participava de uma quadrilha que promovia rinhas de cães no município de Mairiporã (SP), no último sábado, dia 14 de dezembro. Conforme o CRMV-AM, o profissional possui registro para atuação no Amazonas, por isso o Conselho "tomará as medidas necessárias para a apuração dos fatos e tomará as providências cabíveis no que tange à ética profissional".Segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás (CRMV-GO), o profissional que comete ou é conivente com atos de crueldade, abuso e maus-tratos aos animais deve responder por falta ética-profissional (Resolução CFMV 1.236/18). O dever do médico-veterinário é prevenir e evitar quaisquer atos que configurem maus-tratos, crime previsto na Lei nº 9.605/98.Através de nota, a assessoria de imprensa de Leônidas informou que deve realizar na tarde desta quarta uma entrevista coletiva, onde o advogado do médico irá apresentar os fatos relacionados à prisão do profissional ocorrida no último sábado (14).