A investigação sobre arbovírus, entre eles o mayaro, faz parte do trabalho de um grupo de 13 especialistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e de instituições nacionais e internacionais, que integram o Projeto ZIBRA 2: Mapeamento genético do zika e outros arbovírus no Brasil. A iniciativa, que teve início em 2016, após a decretação da emergência sanitária provocada pelo vírus zika no País, já percorreu as Regiões Norte, Nordeste e Sudeste. A sua primeira viagem de 2019, em um motorhome, onde foi montado um laboratório móvel, terá como destino o Centro-Oeste entre 13 a 27 de maio. Na capital goiana, estará entre os dias 22 e 24. O objetivo do projeto é mapear os arbovírus circulantes na região Centro-Oeste do País. Entre as ferramentas de trabalho dos cientistas está uma tecnologia inovadora de sequenciamento genético que cabe na palma da mão, segundo informações da Fiocruz. Três frentes de ação estão previstas. Na primeira delas a pretensão dos pesquisadores, segundo a fundação, é sequenciar cerca de 400 amostras que foram positivas para pelo menos um dos oito vírus transmitidos por mosquitos mais relevantes na região: dengue, zika, chikungunya, febre amarela, mayaro, oropuche, encefalite de São Luis e febre do oeste do Nilo.Uma das outras frentes de trabalho inclui a captura de mosquitos por armadilhas espalhadas em residências e locais públicos das seis cidades. A expectativa, conforme divulgado pela Fiocruz, é coletar e analisar mosquitos de diferentes espécies, incluindo dos gêneros Aedes e Culex - popularmente conhecido como pernilongo.A iniciativa tem financiamento do Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT) e da Secretaria de Vigilância e Saúde (SVS), ambos do Ministério da Saúde, da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).