-Imagem (1.2353338)Atualizada às 12h34.Duas quadrilhas especializadas na confecção e no fornecimento de placas de veículos de forma irregular foram alvos de uma operação, na manhã desta sexta-feira (12), em Goiás e no Distrito Federal (DF). A operação réplica cumpriu 26 mandados de busca e apreensão e seis ordens de prisão preventiva nos municípios goianos de Luziânia, Silvânia e Vianópolis, e em Brasília.Os investigados seriam a ligação entre os ladrões de motocicletas e carros e os responsáveis por clonar os automóveis. O delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Eduardo Fabbro, contou que as investigações começaram independentes, mas ao longo da apuração e troca de informações com a Polícia Civil de Goiás constatou-se que os alvos eram os mesmos.O investigador explicou ainda que a investigação apontou que duas famílias atuavam na adulteração de veículos automotores e na fabricação ilegal de placas veiculares. Eles produziam targetas e placas para grupos envolvidos com furto de carros e receptação. Mediante isso as policiais do DF e de Goiás optaram por realizar a operação em conjunto tendo como objetivo uma maior eficiência na coleta de provas.Já o delegado Rony Loureiro Barros, do Grupo de Repressão a Crimes Patrimoniais (Gepatri) de Luziânia, contou que a investigação no município teve início após a prisão em flagrante de um motociclista por receptação.O detido contou o local onde tinha comprado a placa utilizada no veículo clonado. Com isso, a polícia representou por mandados de busca e apreensão dos investigados. A apuração descobriu que um investigado, que já está preso, fabricava e comercializava placas de forma irregular.A investigação constatou ainda a conexão entre Luziânia e a SAI. De acordo com a corporação, a família do SIA, composta por pai, filho e nora, produziam placas para fornecimento em Luziânia e também no Distrito Federal.Já o grupo de Luziânia, formado por tia e sobrinhos, também produzia placas, ainda que utilizasse empresas credenciadas junto ao Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) e estabelecidas na cidade.Um terceiro suspeito investigado é um funcionário público da prefeitura de Silvânia e que tinha o cargo de Superintendente de Trânsito da cidade. Ele seria o responsável pelo recebimento de placas irregulares e pelo fornecimento de matrizes alfanuméricas para a confecção de placas de motocicletas no padrão cinza.Os detidos foram interrogados e encaminhados para a Casa de Prisão Provisória (CPP) de Luziânia. Caso denunciados, processados e condenados a pena pode chegar a nove anos de reclusão por associação criminosa e confecção irregular de placas.