A família da menina de 5 anos que caiu de uma altura de 5 metros em um toboágua do Clube Recreio Colonial, em Catalão, no Sul do Estado, realizará o batismo da criança dentro do Hospital de Urgências de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), onde L.T.A. está internada em coma induzido.A decisão ocorreu após uma conversa da tia da vítima, Ludmila Tavares Arruda, com um padre da Catedral de Goiânia, no último domingo. “Já planejávamos fazer, mas não estávamos tendo tempo. Na missa foi falado da importância do batismo e que pode até mesmo ajudar na cura dela e, por isso, resolvemos fazer aqui mesmo no hospital.”L. caiu do toboágua na tarde de sábado (11). Ainda não se sabe se a queda ocorreu enquanto a garota aguardava para descer do brinquedo, ou se ela já escorregava. A menina sofreu um grave traumatismo. Apesar de ter sofrido uma hemorragia, seu estado de saúde é considerado estável. A família tem esperança que o inchaço no cérebro de L. ceda.A menina, neta do fotógrafo Zaga Arruda, muito conhecido em Catalão, estava no clube, localizado às margens da BR-050, na companhia da mãe, Harleny. “Ela subiu no toboágua e me gritou. Eu pedi para ela descer. Logo em seguida um rapaz me falou da queda”, contou ela ao POPULAR. Muito abalada, Harleny se reveza com a irmã Ludmila para acompanhar a internação de L. que está em coma induzido para evitar nova hemorragia. Uma radiografia feita ainda na Santa Casa de Catalão mostra a extensão do traumatismo no crânio da menina.A tia de L., disse que tudo aconteceu muito rápido. “Minha irmã estava com o filho bebê nos braços e minha sobrinha pediu para ir ao banheiro. Ela nem gosta de entrar na água, por isso todo mundo ficou surpreso quando avisaram que ela tinha caído.” L. foi encontrada pela equipe do Corpo de Bombeiros nos braços da mãe. Logo que caiu ela ficou imóvel, mas depois caminhou e foi ao encontro de Harleny. Segundo registro da corporação, L. estava com ferimentos na face, na testa, nos braços, nas pernas e inchaço no lado esquerdo do crânio.O Clube Recreio Colonial pertence ao Catalão Futebol Clube, agremiação esportiva criada em 1955. O clube é bastante tradicional, sede de vários eventos na cidade e possui alvarás de funcionamento emitidos pela municipalidade. Ludmila disse ao POPULAR que sua família frequenta o clube há muitos anos e antes sempre havia uma pessoa no alto do toboágua controlando o número de crianças. “Tinha muitas crianças lá em cima, sem nenhum controle. Embaixo tinha uma pessoa que teria de fazer este trabalho, mas o tempo todo no celular”, contou.Os familiares da menina, entre eles o avô Zaga, que é sócio antigo do clube, estão tentando obter imagens de câmeras de monitoramento para entender o que acontecer. “Ainda não conseguimos”, disse Zaga. A família não fez nenhum registro policial sobre o caso, “esperando a poeira baixar”. A direção do clube ainda não se manifestou sobre o fato. “Até agora ninguém nos procurou para saber se estamos precisando de algo”, reclamou a tia da menina.