Equipes do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EpiSUS), junto com técnicos da Secretaria Estadual de Saúde Goiás (SES-GO), irão até Rio Verde para auxiliar no controle e monitoramento de casos da influenza H3N2. A medida pode ser estendida a outros municípios do Estado. A preocupação está relacionada ao surgimento e avanço de uma nova cepa de H3N2, que tem se espalhado com relativa facilidade no Sudoeste do País.O motivo do deslocamento dos técnicos para Rio Verde é que o município do Sudoeste goiano concentra a maior parte dos casos de H3N2 em Goiás. De 30 contabilizados até agora pela SES-GO, 14 estão na localidade.Goiânia confirmou dez casos de H3N2, e há seis cidades com um registro confirmado cada: Trindade, Porangatu, Catalão, Caçu, Aparecida de Goiânia e Anápolis. Conforme a SES-GO, há dificuldades nas notificações por parte dos municípios. Ainda não é possível afirmar se os diagnósticos de H3N2 em Goiás seriam da nova cepa.Em Rio Verde nenhum caso grave foi confirmado e entre os sintomas apresentados estão: febre, cansaço, vômito e dores no corpo. Os pacientes, entretanto, estão sendo monitorados pela secretaria que também está coletando amostras e testando por amostragem.Superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim afirma que o vírus da Influenza é altamente mutante e o que aconteceu foi uma antecipação dos casos. “Geralmente no estado de Goiás a gente tem um aumento em fevereiro, março, com pico nos meses mais frios. Neste ano o que a gente está vendo no País todo é uma antecipação dos casos”. Não há, ainda, segundo a pasta, informações de aumento de hospitalização, mas a pasta afirma que, caso necessário, pode haver reserva de leitos.A nova vacina para influenza só deve estar disponível no início de 2022. “O que as pessoas podem e devem fazer? Tomar as medidas de precaução que são as mesmas pra Covid—19: uso de máscara, dar preferências para locais abertos bem arejados, higienização das mãos. Pessoas doentes devem ficar isoladas”, completa Flúvia. Caso seja necessário, as equipes da secretaria estadual e do ministério também podem se dirigir a outras cidades goianas.A vacina disponível para influenza alcançou 73% do público-alvo em Goiás, sendo que a meta estabelecida pelo Programa Nacional de Imunizações é de 90%. Apesar de não ser eficaz para a nova cepa, a vacina imuniza contra as cepas que estavam em circulação no segundo semestre de 2020. A superintendente pontua que mesmo não estando completamente coberta com para a H3N2, protege contra a H1N1 e contra a Influenza sazonal e deixa o alerta: “Quem não se vacinou, deve se vacinar. Laboratórios preveem imunizante disponível para a nova cepa até março de 2022 para o Brasil todo. Até lá, é preciso que a gente mantenha as precauções”. Bombeiros atuam no combate a mosquitoCom o objetivo de combater o mosquito Aedes aegpyti, a Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) em parceria com o Corpo de Bombeiros e as prefeituras goianas iniciaram, nesta segunda-feira (20), uma operação conjunta para eliminar criadouros do mosquito que pode transmitir dengue, zika, chicungunha e febre amarela. No total, Goiás já confirmou 44.250 casos de dengue em 2021 e apesar dos números apresentarem queda comparados ao mesmo período de 2020, ainda são altos. Chicungunha, que em 2020 não teve nenhuma confirmação em Goiás, já soma 331 positivos. Superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim explica que o apoio às prefeituras é técnico-orientativo, com capacitações e educação continuada, além do suporte operacional, com fornecimento de insumos, tais como bombas costais, inseticidas, larvicidas, exames diagnósticos, medicamentos e até veículos para nebulização. Além disso, a parceria com o Corpo de Bombeiros possibilita acesso a locais nos quais agentes teriam mais dificuldade de atuação. “Com os altos índices de infestação que a gente tem verificado no Estado como um todo, a gente viu a necessidade de chamar as prefeituras, alertar novamente os gestores sobre a priorização das ações de combate ao aedes aegypti. Não precisamos de uma pandemia de Covid-19, junto com uma epidemia de dengue e chicungunha. O Corpo de Bombeiros tem papel fundamental nesta ação nossa porque com esta ajuda vamos conseguir ver criadouros em locais de difícil acesso como caixas d’água, telhados e casas abandonadas”, completa Flúvia. AlinhamentoCoordenador operacional do CBM-GO, Tenente Jonathan Alves Soares afirma que os planejamentos estão sendo realizados em parceria com os municípios e também com as regionais de saúde. “A destreza e a expertise dos bombeiros estão ajudando a eliminar um perigo quase invisível à população”, acrescenta. O pedido de forma geral, entretanto, é que a população faça sua parte, eliminando principalmente os criadouros domésticos que podem estar no quintal de casa ou locais de trabalho. “Saúde exige empenho e cuidado de todos”, finaliza o militar.