Atualizada às 22h15.Um grupo de motociclistas realizou na tarde deste sábado (15) uma manifestação pedindo justiça pela morte do motociclista Wilkinson Leles do Nascimento, ocorrida no último dia 9 em um cruzamento no bairro JK Oeste, em Anápolis, na região Central de Goiás. Balões pretos foram colocados nas motocicletas. O grupo se reuniu na Praça Dom Emanuel, no Jundiaí, e percorreu várias ruas do Centro do município. Ver esta publicação no Instagram Uma publicação partilhada por O Popular (@jornal_opopular)Ao POPULAR, o delegado Manoel Vanderic, titular da Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito (Dict) de Anápolis, explicou que as investigações criminais que podem dar fundamento a futuros processos dependem de provas periciais. No entanto, este caso foi registrado por câmeras de seguranças, com imagens bem nítidas.O investigador acredita que nesta semana o inquérito será concluído e remetido ao Judiciário e o suspeito pode responder por homicídio doloso, embriaguez ao volante e fuga do local. Porém o delegado aguarda os laudos das perícias da Polícia Técnico-Científica. Manoel contou ainda que teve acesso a uma reprodução simulada com base nos vídeos e os peritos indicaram como culpa exclusiva do acidente o motorista do carro, que segue foragido.O delegado explicou que para o crime de embriaguez o bafômetro deixou de ser prova exclusiva após uma regulação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) definir outras provas como meios de comprovar a embriaguez. No caso do Wilkinson, de acordo com o delegado, outros elementos demonstraram que o motorista Sérgio Fernandes de Moraes, de 56 anos, estava embriagado. Ainda de acordo com Manoel, esses elementos podem fundamentar o Ministério Público e a Justiça para um possível júri popular por homicídio doloso.A reportagem também entrou em contato com um de seus advogados, o ex-senador Demóstenes Torres, que voltou a atacar o delegado Manoel. Para Demóstenes a atuação do investigador “é muita estranha e ele que aparecer”.Segundo Demóstenes, o delegado ao chegar à conclusão de homicídio doloso teria que remeter o inquérito para outra delegacia. De acordo com Torres, o delegado classificou o inquérito como sigiloso e depois vazou as informações. “A polêmica está sendo criada por ele”, pontuou. Demóstenes afirmou que teve acesso ao inquérito, mas ainda não conseguiu acesso ao processo que decretou a prisão preventiva, de acordo com o delegado do caso, e aguarda uma decisão da Justiça para ver o que motivou a decisão.Na segunda, Demóstenes deve entrar com uma representação contra o delegado junto a Corregedoria da Polícia Civil por abuso de autoridade e usurpação de função.-Imagem (1.2385779)