A motorista, de 27 anos, que atropelou uma mulher grávida de cinco meses e a filha de quatro anos, em Goiânia, prestou depoimento na manhã desta quinta-feira (9). A delegada Maíra Bicalho, adjunta na Delegacia de Crimes de Trânsito (Dict) destaca que a condutora não respondeu a qual velocidade estava no dia 31 de dezembro do ano passado, data do atropelamento.“Ela foi questionada por diversas vezes a quanto por hora estava dirigindo, mas se esquivou e dizia que não se lembrava ou não saberia precisar”, relata.Mãe e filha foram atropeladas e mortas na tarde do último dia 31, na Avenida Independência, no setor Leste Vila Nova, próximo ao cruzamento com a Avenida Araguaia, na região Central de Goiânia. O marido de Meiriany Ester Luiz Cotrim e pai de Ana Vitória Luiz da Silva, Raul Rodrigues estava com as duas e carregava a filha caçula do casal. A família atravessava a faixa de pedestres quando mãe e filha foram atingidas pelo carro. Rodrigues não se feriu porque segundo ele conseguiu dar um passo para trás quando viu o carro. A motorista do veículo permaneceu no local do acidente, foi submetida ao teste do etilômetro e não estava embriagada, sendo liberada.A delegada conta ainda que a mulher disse lembrar que o semáforo que fica antes do local onde as vítimas passavam estava verde, lhe permitindo a passagem. Durante o depoimento, que durou cerca de 40 minutos, a condutora contou ainda que estava no trabalho e retornava para casa na hora do acidente. Falou também que momentos antes havia se distraído por conta de um motociclista que estava à direita, o qual, quase teria feito uma ultrapassagem não permitida e, quando percebeu, já estava diante da família, sem conseguir desviar. Maira conta que a mulher demonstrava estar abalada e falou que estaria fazendo acompanhamento pscicológico devido ao episódio.Diante do que ouviu, a delegada destaca que falta pouco para concluir a investigação ainda é cedo para expor uma opinião do que ocorreu de fato no dia do acidente. “Chegando o laudo não há mais nada que precisa ser feito e posso finalizar o caso”, diz. Ela conta que a família havia informado que teria ainda o contato de uma última testemunha que viu o acidente, mas não passaram informação de quem seria ou telefone para chama-lá a depor. “Disseram que esta pessoa prestou socorro na hora do acidente e passou o telefone, no entanto, quando pedi o número disseram que não estavam encontrando e me passariam, mas até agora nada."A perícia foi realizada na última terça-feira (7) e está sob análise as imagens das câmeras de segurança, que possibilitarão concluir se a condutora estava acima da velocidade permitida na via, que tem limite de 60 quilômetros por hora (km/h). O prazo para entrega é de até dez dias. Caso seja confirmado o excesso de velocidade, a condutora poderá responder por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. A pena, caso condenada, varia de dois a quatro anos.