Em uma audiência realizada no início de novembro, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu a absolvição de Matheus Macaubas Lima Santos, de 22 anos, acusado de matar a pastora Odete Rosalina Machado, de 79, por espancamento em uma igreja de Goiânia. O órgão levou em consideração a inimputabilidade do acusado comprovada por um laudo da Junta Médica do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), que concluiu que Matheus era “incapaz” de entender e determinar o que estava fazendo no momento do crime.No Termo de Deliberação em Audiência de Instrução e Julgamento datado de 1º de novembro, é narrado o pedido do MP-GO para “dispensar a oitiva de todas as vítimas e testemunhas arroladas na denúncia”, e que fosse acolhida a tese de “absolvição pela inimputabilidade do acusado, arguida pela Defesa em sua resposta à acusação”.Ainda conforme o termo, o juiz do caso, Antônio Fernandes de Oliveira, não viu “nenhum prejuízo à defesa” e acolheu o pedido do MP-GO de dispensar as vítimas e testemunhas, determinando a manifestação da defesa no prazo de cinco dias.A reportagem entrou em contato com o TJ-Go sobre o atual andamento do processo e aguarda um retorno.Transtorno esquizofreniformeVale destacar que o laudo de insanidade mental feito pela Junta Médica do TJ-GO indicou que Matheus Macaubas era “plenamente incapaz de entender e de determinar-se” os fatos ao matar a pastora Odete Rosalina, mãe do cantor Delino Marçal.Ainda segundo o laudo, o acusado sofre de transtorno esquizofreniforme, quando a pessoa pode temporariamente sofrer com delírios ou ter um comportamento desorganizado.Antes de matar a pastora, em frente à igreja em que ela pregava, ele acordou a própria esposa de madrugada com a mão na cabeça dela afirmando que estava “repreendendo o demônio”.O crimeOdete foi atacada em uma igreja no Residencial Kátia, em Goiânia, quando estava junto com um fiel orando. Matheus estava completamente nu quando pulou o muro e invadiu o local.Após entrar na igreja, ele teria começado a agredir os presentes e a proferir um discurso de ódio contra evangélicos. O suspeito usou a barra de ferro da porta da igreja para acertar a pastora na cabeça.Ela ainda tentou fugir, mas do lado de fora foi atingida novamente e morreu no local.Após o crime, Matheus ainda teria jogado pedras em alguns ônibus até ser encontrado e preso.Leia também:Justiça converte em preventiva prisão de suspeito de matar pastora em Goiânia“Ela morreu nos braços da minha irmã”, diz filho de pastora assassinada em GoiâniaLaudo aponta transtorno em jovem que matou pastora em Goiânia