O Ministério Público de Goiás (MPGO) pede a condenação do secretário de Educação, Leonardo Pereira Santa Cecília, pela contratação irregular de uma cooperativa de transporte escolar, em Catalão, a 262 km de Goiânia. Ao POPULAR, Leonardo negou as acusações e enfatizou que a licitação não provocou prejuízo aos cofres públicos do município.Na análise da promotora de Justiça Ariete Cristina Rodrigues Vale, o secretário “contrariou” as regras e a legislação com objetivo pessoal de favorecer a vitória de uma única empresa. “A conduta afronta o caráter concorrencial da licitação, ofendendo diretamente os princípios administrativos da moralidade, isonomia, impessoalidade e legalidade”, destacou o MPGO.Além disso, afirmou que a cooperativa contratada não possui veículos, o que, segundo ela, a torna uma empresa de fachada. Inicialmente, o órgão propôs um acordo com Leonardo, porém ele recusou a proposta. Por isso, definiu uma multa civil de R$ 19.962,17, que será destinada à Associação das Pessoas Portadoras de Deficiência de Catalão (Aspdec).DefesaAo POPULAR, Leonardo contou que a licitação ocorreu em 2017, no início da gestão dele. O secretário enfatiza que não houve atos de improbidade administrativa, como afirma o MPGO. “Eu segui o parecer jurídico e técnico da Comissão de Licitação. Era devido, não houve prejuízo ao erário, não houve ato de enriquecimento e não houve ato doloso”, disse.Leonardo ainda destaca que não aceitou o acordo proposto pelo órgão devido acreditar na inocência dele. A reportagem entrou em contato com a Cooperativa Nacional dos Prestadores de Serviços em Transportes e Locações de Veículos e Máquinas (Coopernav) para solicitar um posicionamento, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.Leia também:- Ex-prefeito e ex-servidores de Cidade Ocidental são condenados por improbidade administrativa- Ex-prefeito de Barro Alto tem bens bloqueados por desvio de verbas do município- Justiça manda afastar secretário e coordenador ambiental de Jataí acusados de improbidade