Duas mulheres, de 22 e 24 anos, foram presas em flagrante, em Goiânia, na última terça-feira (31), suspeitas de aplicar o "golpe do novo número" e roubar R$ 2 mil de um idoso de Inhumas. O crime aconteceu no mesmo dia, quando uma delas se passou por uma filha do homem no Whatsapp.A vítima registrou boletim de ocorrência e a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC) localizou as duas suspeitas na capital. Segundo o delegado Daniel José da Silva, titular da DERCC, as mulheres confirmaram a prática do crime.O investigador suspeita que elas contem com apoio de outras pessoas e tenham feito outras vítimas. "Elas aplicam com bastante frequência (esse golpe). Elas têm uma rede de pessoas que a gente vai atrás", disse Daniel José ao POPULAR.A polícia não conseguiu recuperar o dinheiro roubado. Além do crime de fraude eletrônica, o delegado investiga possível organização criminosa. A suspeita é de que um grupo tenha um esquema de movimentação de dinheiro por meio de contas bancárias para despistar a polícia. O idoso enviou o dinheiro por transferência via PIX.OperaçãoOs crimes por meio de Whatsapp têm se tornado cada vez mais frequentes. Seis pessoas foram presas na tarde desta quinta-feira (2) suspeitas de praticar golpes pelo aplicativo de mensagens.Os investigados compravam informações sigilosas, se passavam por familiares das vítimas e solicitavam transferências de diversos valores, causando prejuízos a 13 pessoas até o momento. Foram identificadas vítimas em diversas regiões do país: Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Recife e Goiânia.De acordo com o delegado responsável pelo caso, Guilherme Conde, nenhuma delas procurou a delegacia e foi a polícia que entrou em contato durante as investigações. “Somente em Goiânia houve o registro do boletim de ocorrência”, explica.Durante a operação da Polícia Civil, oito mandados de busca e apreensão também foram cumpridos e dois suspeitos do grupo continuam foragidos. Foram apreendidos R$ 50 mil em espécie, um carro de luxo, uma motocicleta, drogas, correntes de ouro, diversos celulares, máquinas de cartão e cartões bancários usados por “laranjas”.Leia também:- Homem diz ter sido dopado e perdido mais de R$ 8 mil em transferências por PIX, em boate de Anápolis- Homem é suspeito de se passar por médico e pedir dinheiro para família de bebê internado em UTI