A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) se manifestou, no início da tarde desta terça-feira (26), sobre a situação registrada na Casa de Prisão Provisória (CPP), em Aparecida de Goiânia, em que três detentos foram encontrados mortos dentro das celas. A entidade se referiu às mortes como “gravíssimas” e informou que fará, nas próximas horas, uma vistoria nas dependências da unidade prisional.Em nota enviada ao POPULAR, a OAB-GO solicita que a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) e a autoridade policial judiciária “promovam apuração rápida e rigorosa das circunstâncias dessas mortes para que o Poder Judiciário puna exemplarmente os responsáveis.”A entidade informa ainda que, como ato inaugural, expediu ofício endereçado à DGAP solicitando informações sobre o ocorrido e designou membros de comissões para “realizar nas próximas horas uma vistoria nas dependências da CPP.”“Por fim, vai instituir uma comissão de advogados para acompanhar as investigações, cobrar rapidez e contribuir na elucidação dos crimes”, finaliza.A nota é assinada pelo presidente da OAB-GO, Rafael Lara; Larissa Junqueira, presidente da Comissão de Direitos Humanos; Alexandre Pimentel, presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas; Tadeu Bastos, presidente da Comissão de Segurança Pública e Política Criminal e Matheus Moreira, da Comissão Especial de Execução Penal.A reportagem do POPULAR entrou em contato com a DGAP e o órgão disse que "trabalha de maneira transparente e está sempre à disposição dos órgãos parceiros para eventuais vistorias de órgãos de controle e fiscalização."A DGAP também afirma em nota que "em situações excepcionais como as desta data, em que estão envolvidas questões técnicas e de segurança, as vistorias precisam ser sobrestadas ou reprogramadas para outras datas." A administração do Complexo Prisional disse ainda que "visa, acima de tudo, a garantia da lei e da ordem, bem como a segurança de qualquer pessoa que adentre as unidades prisionais."Mortes na CPPTrês detentos foram encontrados mortos dentro de duas celas da CPP, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na manhã desta terça-feira. A DGAP confirmou as mortes que, segundo apontamentos preliminares, teriam sido provocadas por outros presos.Em nota, a DGAP informou que os detentos encontrados sem sinais vitais foram Paulo Cesar Pereira dos Santos, acusado de roubo; Hyago Alves da Silva, acusado de homicídio e Matheus Junior Costa de Oliveira, também acusado de homicídio.O órgão informou que “procedimentos administrativos internos foram abertos para apuração dos fatos e circunstâncias dos ocorridos” e que a Polícia Civil já investiga o caso.Leia também:Três presos são encontrados mortos dentro de celas da CPP, em Aparecida de Goiânia