Atualizada às 11h11.A Polícia Civil realiza, nesta quinta-feira (7), uma operação para apurar desvios de recursos públicos e corrupção no Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran). Uma força tarefa com quase 200 policiais e peritos criminais cumprem mandados de busca e apreensão e prisão em cidades de quatro Estados brasileiros.Os investigados estão sendo levados para a sede do Grupo Especial de Combate à Corrupção, no Setor Aeroviário, na capital.Em nota, o Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran-GO) informa que apoia e vem colaborando com a Polícia Civil e Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) na investigação que envolve a Operação Cegueira Deliberada, realizada na manhã desta quinta-feira (7). A ação, de acordo com o comunicado, investiga a gestão anterior do órgão.

Operação apura desvios de recursos públicos e corrupção no Detran de Goiás

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<img attr-cid="policy:1.3211536" attr-version="policy:1.3211536:1734533460" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3211536/Proporção para foto do site (16).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
PF e CGU durante operação contra empresas e servidores públicos suspeitos de desviar mais de R$ 120 milhões da Prefeitura de Cidade Ocidental (Divulgação/Polícia Federal)

Empresas de diversos ramos e servidores públicos suspeitos de integrar um esquema de corrupção que teria desviado mais de R$ 120 milhões da Prefeitura de Cidade Ocidental são alvos de uma operação da Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU) nesta quarta-feira (18). No total,&nbsp;são cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Goiás e no Distrito Federal.

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Por não terem os nomes divulgados, O POPULAR não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos até a última atualização desta reportagem.&nbsp;&nbsp;

Em nota enviada ao POPULAR, a Prefeitura disse que tem coloborado com as investigações e que está "à disposição das autoridades para fornecer todas as informações e documentos necessários", reiterando que não foi comprovada qualquer irregularidade nos atos administrativos até o momento. "Reiteramos que a gestão municipal sempre pautou suas ações pelos princípios da legalidade, transparência e compromisso com a ética pública", disse (leia abaixo a nota na íntegra).&nbsp;

As investigações identificaram indícios de fraude em caráter competitivo de licitação em contratos que eram superfaturados. O esquema de corrupção, conforme a PF, envolve empresas de diversos ramos.&nbsp;São investigados os crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, responsabilidade funcional, lavagem de dinheiro, e outros correlatos.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/politica/prefeito-de-cidade-ocidental-e-afastado-do-cargo-durante-operac-o-contra-desvios-de-recursos-publicos-1.3170903" target="_blank">Prefeito de Cidade Ocidental é afastado do cargo durante operação contra desvios de recursos públicos</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/operac-o-mira-esquema-bilionario-de-trafico-internacional-de-drogas-que-teria-movimentado-mais-de-r-2-bilh-es-1.3211237" target="_blank">Operação mira esquema bilionário de tráfico internacional de drogas que teria movimentado mais de R$ 2 bilhões</a></div>

<h2>Operação Ypervoli</h2>

<a href="https://opopular.com.br/politica/prefeito-de-cidade-ocidental-e-afastado-do-cargo-durante-operac-o-contra-desvios-de-recursos-publicos-1.3170903" target="_blank">A primeira fase da Operação Ypervoli</a> aconteceu em setembro deste ano e identificou elementos que envolveriam as empresas no pagamento de propinas a servidores públicos do município, principalmente em obras na saúde e na educação.&nbsp;&nbsp;

Com a análise do material apreendido, a PF identificou que o esquema de fraude em contratos também&nbsp;seria operado no setor de transporte escolar e aluguel de veículos. Alguns dos contratos suspeitos foram assinados ainda em 2017 e seguiram sendo prorrogados até este ano, como no caso de uma empresa de fachada de transporte escolar. &nbsp;

A PF informou que a empresa teria recebido aproximadamente R$ 117 milhões. Desse total, quase R4 63 milhões teria sido superfaturado.

<h2>&nbsp;Vida de luxo&nbsp;</h2>

Segundo a PF, um dos servidores, que teria um salário de cerca de R$ 10 mil, esbanjava um alto padrão de vida nas redes sociais e comprou uma casa de mais de R$ 1, 6 milhão. Ele vivia uma vida de luxo e chegou a viajar para Dubai, Madri, Nova Iorque e Fernando de Noronha em menos de um ano. Até a festa de casamento do investigado teria sido paga com o dinheiro desviado.&nbsp;

<h2>Prefeito afastado</h2>

<img attr-cid="policy:1.3170911" attr-version="policy:1.3170911:1734542135" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3170911/425948371_781632383987170_7740489717153807566_n.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Prefeito de Cidade Ocidental, Fábio Corrêa (PP) (Reprodução / Redes sociais)

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O POPULAR mostrou que o <a href="https://opopular.com.br/politica/prefeito-de-cidade-ocidental-e-afastado-do-cargo-durante-operac-o-contra-desvios-de-recursos-publicos-1.3170903" target="_blank">prefeito da cidade, Fábio Corrêa (PP), foi afastado</a>&nbsp;do cargo pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região após ser alvo da pimeira fase da operação.

À época, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e oito mandados referentes a medidas cautelares diversas da prisão, em Goiás e no Distrito Federal.&nbsp;

Conforme a PF, as investigações identificaram indícios de fraude em caráter competitivo da licitação em mais de 100 contratos, cujos valores ultrapassam R$ 65 milhões.

<h2>Nota na íntegra</h2>

"A Prefeitura de Cidade Ocidental reforça que, desde o início das investigações conduzidas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, tem colaborado plenamente e permanece à disposição das autoridades para fornecer todas as informações e documentos necessários ao esclarecimento dos fatos.

Reiteramos que a gestão municipal sempre pautou suas ações pelos princípios da legalidade, transparência e compromisso com a ética pública, reafirmando sua confiança na Justiça. Até o momento, não foi comprovada qualquer irregularidade nos atos administrativos. 
A Prefeitura reafirma o compromisso de continuar colaborando com as investigações, atendendo prontamente a todas as solicitações. Instituições públicas e seus servidores têm o dever de se manter abertos ao escrutínio público, garantindo plena transparência e cooperação com os processos investigativos.

Cidade Ocidental, Goiás, 18 de dezembro de 2024" 
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Empresas e servidores públicos são suspeitos de corrupção e de desviar R$ 120 milhões da Prefeitura de Cidade Ocidental

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Busca e apreensão Karine Gouveia

<div attr-cid="policy:1.3211437" attr-version="policy:1.3211437:1734521865" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3211437" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3211437', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3211437">Busca e apreensão Karine Gouveia (1.3211437)</a></div>

O casal Karine Giselle Gouveia Silva e Paulo Cesar Dias Gonçalves,&nbsp;dono de uma clínica de estética, e técnicos da unidade foram alvos de uma operação que investiga profissionais suspeitos de causar deformidades em 23 pacientes durante procedimentos e cirurgias. Ao todo, a Polícia Civil (PC) cumpre, nesta quarta-feira (18), quatro mandados de prisão e sete de busca e apreensão na capital e em Anápolis, a 55 km de Goiânia.&nbsp;

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A TV Anhanguera registrou o momento em que Karine Gouveia e Paulo Cesar&nbsp;chegaram à delagacia. Ainda não há informações se o casal deve permanecer preso ou se serão ouvidos e liberados. Os nomes dos outros investigados não foram divulgados.

Em nota, os advogados dos empresários, Romero Ferraz e Tito do Amaral, informaram que mesmo sem ainda terem acesso ao processo, já entraram com o pedido de habeas corpus, "uma vez que não há demonstração da necessidade da prisão para as investigações e que ambos podem responder às acusações em liberdade sem qualquer prejuízo". Ainda segundo a defesa, o processo foi protocolado no fim da tarde desta quarta-feira (18).

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<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/clinica-estetica-irregular-e-flagrada-funcionando-dentro-de-loja-de-roupas-em-galeria-diz-policia-video-1.3190071" target="_blank">Clínica estética irregular é flagrada funcionando dentro de loja de roupas em galeria, diz polícia; vídeo</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/dona-de-clinica-investigada-por-morte-de-influenciadora-apos-procedimento-estetico-deve-permanecer-presa-decide-justica-1.3151792" target="_blank">Dona de clínica investigada por morte de influenciadora após procedimento estético deve permanecer presa, decide Justiça</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/acido-usado-no-rosto-de-servidora-publica-que-morreu-apos-procedimento-estetico-n-o-tem-registro-na-anvisa-diz-policia-1.3206448" target="_blank">Ácido usado no rosto de servidora pública que morreu após procedimento estético não tem registro na Anvisa, diz polícia</a></div>

<img attr-cid="policy:1.3211457" attr-version="policy:1.3211457:1734525815" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3211457/OPOPULAR - Montagem de fotos e vídeo para o site (21).jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Karine Gouveia e Paulo Cesar, donos de clínica de estética investigada em Goiânia (Reprodução/Redes Sociais)

De acordo com a polícia, os alvos atuavam em uma famosa clínica de estética, localizada no Setor Oeste, em Goiânia, e em outra clínica localizada em Anápolis.

Contra eles, além dos mandados de prisão e de busca e apreensão, foi realizado o bloqueio de contas, bens e valores totalizando R$ 2,5 milhões, incluindo percentual das cotas de um helicóptero ano 2024, avaliado em R$ 8 milhões.

De acordo com a polícia, diversos pacientes procuraram a delegacia para denunciar que após procedimentos estéticos e cirúrgicos realizados por profissionais supostamente inabilitados, ficaram com rostos e corpos deformados. Além disso, há suspeita de que houve a utilização de materiais e produtos inadequados para a prática.&nbsp;

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Imagens mostram ferimentos em vítimas de procedimentos (Reprodução/TV Anhanguera)

Donos de clínica de estética e técnicos são investigados por causar deformidades em pacientes, diz PC

Operação Face Oculta

A Polícia Federal e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) prenderam na manhã desta terça-feira (17) um delegado e ao menos dois investigadores apontados na delação do empresário Antônio Vinícius Gritzbach, 38, morto a tiros no aeroporto de Guarulhos, em novembro deste ano.

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Batizada de Tacitus, a operação busca desarticular organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva. A ação - que conta com 130 policiais federais e apoio da Corregedoria da Polícia Civil - cumpre oito mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Bragança, Igaratá e Ubatuba. O grupo teria ligações com o PCC, segundo o Gaeco.

Foram presos o delegado Fábio Baena Martin, delegado do DHPP que estava afastado de suas funções, e os investigadores Eduardo Lopes Monteiro e Marcelo Ruggieri, citados em delação de Gritzbach. O agente Rogério de Almeida Felicio está foragido.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/policia-identifica-2-suspeito-de-morte-de-delator-do-pcc-e-justica-decreta-nova-pris-o-1.3202478" target="_blank">Polícia identifica 2º suspeito de morte de delator do PCC, e Justiça decreta nova prisão</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/morre-motorista-de-aplicativo-atingido-durante-ataque-no-aeroporto-de-guarulhos-1.3197718" target="_blank">Morre motorista de aplicativo atingido durante ataque no aeroporto de Guarulhos</a> 
 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/empresario-ameacado-pelo-pcc-recebeu-r-1-milh-o-em-joias-durante-viagem-antes-de-ser-morto-1.3197661" target="_blank">Empresário ameaçado pelo PCC recebeu R$ 1 milhão em joias durante viagem antes de ser morto</a></div>

O Anderson Minichillo, defensor de Ruggieri, disse que ainda não teve vistas ao processo, mas considera a prisão injusta. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos demais até a publicação desta edição.

A Folha de S.Paulo apurou que os investigadores suspeitam que o grupo possa ter ligações com o assassinato de Gritzbach, mas essa hipótese ainda vai demandar mais apurações.

A Secretaria da Segurança Pública afirmou que "a Corregedoria da Polícia Civil acompanha uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público nesta terça-feira (17). Diligências estão em andamento e a Corregedoria colabora com o órgão federal e o MP".

A investigação, segundo a Promotoria, partiu de análise de provas que foram obtidas em diversas investigações policiais que envolveram movimentações financeiras, colaboração premiada e depoimentos.

"Tais elementos revelaram o modo complexo que os investigados se estruturaram para exigir propina e lavar dinheiro para suprir os interesses da organização criminosa", afirma a Promotoria.

Os investigados devem responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais, cujas penas somadas podem alcançar 30 anos de reclusão.

<h4>Delação&nbsp;</h4>

Delator do PCC (Primeiro Comando da Capital) e de policiais, Gritzbach fez denúncias contra policiais civis à Corregedoria do órgão, e foi assassinado ao voltar de uma viagem ao Nordeste. Embora tivesse uma escolta particular formada por quatro policiais militares, apenas dois agentes, que não reagiram, estavam próximos dele no momento.

Em um acordo de delação premiada, ele acusou policiais civis de exigirem R$ 40 milhões em troca do encerramento do inquérito que investigava sua participação na morte de dois integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital)

Gritzbach era o principal suspeito de ser mandante do assassinato de Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, em dezembro de 2021 na zona leste de São Paulo.

Como a Folha de S.Paulo mostrou, na lista de policiais delatados pelo empresário estão integrantes do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e 24º DP (Ponte Rasa), na zona leste.

"Cujas condutas apuradas configuram, em tese, os crimes dos artigos 316 do Código Penal (concussão), artigo 317 do Código Penal (corrupção passiva), artigo 288 do Código Penal (associação criminosa), dentre outros", diz trecho de documento da Promotoria.

Operação prende delegado e investigadores apontados por delator do PCC

TACITUS

Dois eventos de dias atrás, a morte do CEO da UnitedHealthcare, Brian Thompson, em Nova York, e a prisão do ex-secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara, no âmbito da Operação Comorbidade, representam o fim de trajetórias, uma literal e outra simbólica.

Thompson foi vítima da violência em uma sociedade que perdeu a confiança nas corporações. Pollara, por sua vez, “morreu” enquanto gestor abatido pela corrosão ética que desviou recursos da saúde pública para interesses próprios.

Ambos os casos revelam a mesma crise: a desumanização do cuidado. A saúde, que deveria ser um pacto social para garantir o bem-estar coletivo, foi transformada em um sistema que aliena e exclui. Rousseau já alertava que o rompimento desse pacto tornaria qualquer instituição ilegítima.

Em Goiânia, os desvios denunciados resultaram em desassistência, enquanto pacientes morriam sem acesso a leitos de UTI. Nos EUA, a indignação com o sistema corporativo de saúde, que coloca lucros acima de vidas, tornou-se insuportável.

Marx descrevia a alienação como a perda da essência humana em um sistema que prioriza o capital. No setor público e no privado, essa lógica desumaniza tanto gestores quanto pacientes.

A prisão de Pollara simboliza o fim de uma gestão que deveria ter servido à população, mas, segundo as investigações, desviou recursos que poderiam salvar vidas. Sua “morte” como gestor reflete a quebra de um pacto social que deveria colocar o cidadão no centro da saúde pública.

No caso de Thompson, a morte literal expõe outra faceta do problema. A saúde corporativa, com suas métricas de eficiência e lucro, transforma o paciente e número, um custo a ser minimizado ou uma oportunidade de ganho. O rancor contra essas práticas atingiu seu ápice em atos de violência, revelando uma sociedade que, como dizia Rousseau, grita contra suas correntes invisíveis.

Aristóteles ensinava que a virtude está no equilíbrio. No campo da saúde, isso significa harmonizar interesses financeiros com a dignidade humana, recursos com necessidades coletivas. Porém, esse equilíbrio foi perdido em ambos os casos.

Em Goiânia, a corrupção comprometeu vidas. Nos Estados Unidos, o sistema corporativo ignorou a humanidade de seus pacientes. Em ambos, a saúde foi reduzida a mercadoria ou mecanismo de enriquecimento.

A reconstrução desse pacto social exige mais que reformas administrativas. Ela requer um resgate ético e filosófico, um compromisso real com o cuidado como valor central. Saúde não é privilégio, mas direito fundamental. A “morte” de Pollara e a de Thompson devem servir como lições: ou reformulamos a forma de conceber a saúde, ou perpetuaremos exclusão e desumanização.

Mais que saúde física, está em jogo a saúde moral da sociedade. Cabe a todos, como cidadãos e gestores, exigir um sistema que coloque o ser humano no centro. Sócrates dizia que “uma vida não examinada não vale a pena ser vivida”.

Que esses episódios nos inspirem a refletir e agir, para que o futuro não seja marcado por mortes, mas por renascimentos.

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Leonardo Emílio da Silva é médico, mestre e doutor em cirurgia. conselheiro do Conselho Federal de Medicina (CFM)