Valdezar Cordeiro de Matos, de 67 anos, foi preso pela Polícia Civil (PC) nesta quinta-feira (20) em sua fazenda em Alvorada do Norte. O homem foi indiciado pelo assassinato e ocultação de cadáver da estudante Thayna Ferreira Alves, 21, que morava em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. A jovem desapareceu em 16 de fevereiro de 2017 e a última pessoa que esteve com ela foi Valdezar, que é padrasto dela. O corpo da vítima nunca foi encontrado e, com a detenção, a família acredita estar mais próxima de ter informações para encontrar a estudante. As informações são do Metrópoles.O titular do Grupo de Investigação de Homicídios de Valparaíso de Goiás, delegado Rafael Abraão, em entrevista ao Metrópoles, relatou que a prisão do suspeito tem caráter preventivo, ou seja, sem prazo de validade. “É um grande avanço essa prisão preventiva, porque indica que realmente temos elementos que incriminem o padrasto por homicídio e ocultação de cadáver”.O padrasto chegou a ser preso ainda em 2017, três meses após o desaparecimento, mas posteriormente foi liberado.Na época, o delegado Rafael Abraão afirmou que as inconsistências no depoimento do suspeito, o cruzamento dos dados telefônicos e de localização do celular dele e a confirmação de haver sinais de sangue em um facão pertencente ao homem levaram a polícia a pedir a prisão temporária do acusado.Em seu depoimento à polícia, após o desaparecimento da estudante, o padrasto afirmou ter deixado Thayna em um ponto de ônibus, mas a jovem não costumava usar transporte coletivo. Ela possuía um carro próprio e, de acordo com familiares, o usava até “para ir à padaria”.Além disso, o homem voltou ao apartamento da família três vezes após supostamente deixar a enteada na parada de ônibus. Imagens de câmeras de segurança do prédio, obtidas pela polícia, mostraram o padrasto saindo do imóvel com várias sacolas nas três ocasiões.Aos investigadores, ele justificou que a estudante pediu que ele levasse até a parada alguns objetos pessoais, mas o homem não soube informar para onde a jovem seguia e por que precisaria de roupas e outros itens. “Ele também não soube explicar as informações de localização, obtidas a partir dos dados de seu celular. Ficou confuso quando perguntamos o que foi fazer, no mesmo dia, na Cidade Ocidental (GO), local propenso à desova de corpos”.