A Congregação do Santíssimo Redentor de Goiás publicou nesta sexta-feira (15) um novo decreto mantendo a suspensão do exercício do ministério sacerdotal do padre Robson de Oliveira Pereira, ex-reitor do Santuário Basílica Divino Pai Eterno, em Trindade, e ex-presidente da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). Com isso, ele segue impedido de participar de atos como celebração de missas, absolvição de pecados e participar de programas de televisão como padre.O religioso foi afastado de suas funções dois dias após o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) ter deflagrado a Operação Vendilhões, em 21 de agosto. Ele estava sendo investigado por supostamente liderar um grupo que desviava recursos oriundos de doações de fiéis para a Afipe. O processo foi trancado pela Justiça no dia 6 de outubro e desde então o MP-GO e a defesa do padre travam uma disputa em cima da legalidade da investigação. O caso se encontra no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para uma definição.A decisão de manter o padre afastado, segundo nota publicada no site da Afipe, se deve a uma “grande indefinição jurídica acerca dos processos que denunciam o sacerdote” e a falta de um parecer final da auditoria contratada pela nova diretoria da associação, que está prevista para ficar pronta em maio. “A exposição do padre neste período poderia provocar mal entendidos, críticas, ataques públicos e distorções de suas falas”, informou a nota.A congregação destaca que segue custeando a defesa do padre e disponibilizando estrutura para seu sustento, fazendo “todos os esforços possíveis para a defesa e proteção do padre Robson”. “A Congregação acompanha o andamento do processo e roga a Deus pelo esclarecimento dos fatos o mais breve possível.”Desta vez, não há previsão para o fim da prorrogação. O primeiro afastamento era de 5 meses, terminando no dia 23 de janeiro.-Imagem (1.2106280)