O pai da adolescente de 17 anos que teve o corpo queimado por uma colega na noite desta quinta-feira, 31 de março, no Colégio Estadual Setor Palmito, no bairro Jardim Novo Mundo, região Leste de Goiânia, informou ao POPULAR que a filha teve 35% do corpo atingido.Foi esta a informação que ele e a mãe da garota receberam da equipe do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) para onde ela foi encaminhada e passou por procedimentos cirúrgicos. “Quando ela deu entrada no Hugol, nos disseram que o fogo tinha atingido 48% do corpo. Ela passou por procedimento cirúrgico para salvaguardar as vias respiratórias e depois cirurgia plástica. Hoje, sexta-feira (1), nos passaram que, após nova avaliação, chegaram à conclusão que as queimaduras ocorreram em 35% do corpo, uma área menor do que foi previsto anteriormente.” Sem querer se identificar, o analista de sistemas disse que não consegue entender o que ocorreu. “A diretora, que esteve conosco no Hugol, disse que minha filha estava na fila do lanche quando a colega atirou o álcool e ateou fogo. Ela não falou nada de bullying. Essa história surgiu hoje na mídia. Minha filha estudava de manhã e passou a estudar à noite há cerca de um mês, ou seja, ela tinha pouquíssimo contato com a agressora. A diretora também nos disse que a menina tem 20 anos e não 19, como tem sido mencionado.” O analista de sistemas contou que soube do ocorrido por uma amiga da filha, que pegou seu celular e ligou para ele. “Quando estava a caminho, a mãe dela já estava na escola. Eu procurei saber, junto aos policiais, o que tinha acontecido, para entender, mas não me deixaram falar com a agressora que já estava detida, na secretaria da escola. Não tivemos contato com a família dela.” O pai detalhou ainda que a filha ficou quase uma hora no chão antes de ser socorrida, o que o levou a ligar para uma amiga enfermeira para saber o que fazer diante do sofrimento dela. “Ela me disse para jogar água para hidratar. Uma das amigas da minha filha disse que a agressora é aluna nova na escola e, desde que entrou, estuda no período noturno. Comandante do Batalhão Escolar, o tenente coronel Ricardo Aguiar contou que a agressão teria acontecido após a vítima fazer um comentário sobre o bronzeamento da suspeita, que não gostou. Ela foi levada para a Central de Flagrantes, onde prestou depoimento, e depois foi encaminhada para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Os policiais encontraram um canivete e uma faca com a estudante.Em nota, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) informou que está acompanhando o fato e oferecendo suporte aos familiares da vítima. Segundo a pasta, uma apuração interna será realizada.