A morte do motorista que atropelou e matou Danilo Pignato, de 8 anos, numa avenida de Goiânia, no último sábado (17), mudou o rumo das investigações dos dois crimes. Segundo a delegada Ana Elisa Gomes, titular da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), a investigação sobre o atropelamento deve ser arquivada por causa da morte do suspeito.Entretanto,o pai da criança, Dedilson de Oliveira Sousa, é investigado pela agressão que resultou na morte do condutor do veículo. Ele estava vendendo balas no semáforo quando o filho foi atropelado. O inquérito deverá ser concluído em um prazo de 30 dias. Leia também:Morre homem agredido após atropelamento de menino de 8 anos, em GoiâniaCriança morre após ser atropelada, em GoiâniaVídeo mostra momento em que carro sobe em canteiro, atropela e mata menino de 8 anos, em GoiâniaAo soltar suspeito de agredir motorista que atropelou e matou seu filho, juíza cita "dor e emoção"Conforme explicou a investigadora, ao agredir o autor do atropelamento, o pai agiu sob violenta emoção. “Ele testemunhou a morte do próprio filho em um acidente que ele e a criança não contribuíram de forma alguma para que acontecesse. Então quando ele age sob violenta emoção, movido por esse momento de forte arrebatamento, quando o filho dele é morto na presença dele, ele agride aquele indivíduo”.Ana Elisa esclarece que existe, portanto, a possibilidade de atenuação da pena, considerando como o crime aconteceu. Em casos de homicídio, a pena pode chegar de 6 a 20 anos de prisão. Já a condenação para os casos de homicídios privilegiados há uma redução entre um sexto e um terço da pena.Dessa forma, caso seja condenado pela Justiça, Dedilson de Oliveira poderá ter que cumprir pena de 1 a 2 anos, no caso da pena mínima de 6 anos; ou de 3 a 6 anos, na hipótese da condenação máxima de 20 anos.