A Polícia Civil de Goiás concluiu o inquérito que apurou a morte de uma criança de 11 anos atingida por um tiro disparado pelo próprio pai, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal, em maio deste ano. As investigações apontaram que o disparo não foi intencional, mas que o pai desobedeceu a várias regras de segurança no manuseio da arma e, por isso, ele foi indiciado por homicídio culposo.Na ocasião, Eliseu Eugênio Kraemer estava em casa enquanto o pai mostrava um revólver calibre 22 para uma pessoa interessada em comprar o objeto. Segundo o delegado Danilo Meneses, responsável pelo caso, o pai da vítima também pegou outra arma, uma espingarda calibre 12, que estava carregada e destravada. Foi nesse instante que ele, acidentalmente, efetuou o disparo e acertou o filho no peito.Leia também:- Pai mata filho de 11 anos com tiro acidental, em Formosa- Família pede investigação da morte de travesti duas semanas após ela fazer cirurgia plástica- Morre jovem de 22 anos baleada por engano em distribuidora de Niquelândia- Polícia indicia motoristas por homicídio culposo em acidente na Avenida T-13, em GoiâniaAinda de acordo com o investigador, ao perceber o que havia feito, o pai atirou contra o próprio rosto. Ao chegar no local, a polícia encontrou o pai consciente, sentado no chão e segurando o corpo do filho no colo. Ele foi resgatado e encaminhado a uma unidade de saúde. Ainda dentro da viatura do SAMU, o pai chegou a escrever uma carta dizendo que o fato foi um acidente e pedia desculpas pelo ocorrido. "Foi acidente. Matei meu filho. Deixa eu morrer. Matei meu filho por acidente”.Atirador esportivoAs investigações também concluíram que o pai é atirador esportivo e a arma fazia parte do seu acervo, devidamente registrada junto ao exército. Atualmente, seu estado de saúde é delicado, mas sem risco de morte. “Por causa do tiro que disparou em si mesmo, ele sofreu danos estéticos e funcionais graves e sua fala está prejudicada”, informou o delegado.Perdão judicialPor fim, o delegado explicou que agora cabe ao juiz analisar o perdão judicial, tendo em vista que, por se tratar de um crime em que não houve a intenção de matar, o pai já tem sofrido muito com a perda de seu único filho.-Imagem (1.2463686)