A reprodução simulada do atropelamento que causou a morte de Bárbara Angélica Silva em uma distribuidora de bebidas, do bairro Jardim Pompéia, na região norte de Goiânia, foi realizada na noite desta sexta-feira (15) pela Polícia Civil em parceria com peritos da Polícia Técnico-Científica. O crime foi cometido no dia 21 de abril deste ano e a reconstituição do caso foi determinada pela Justiça no início deste mês. O procedimento é realizado para entender a dinâmica dos fatos. A empresária Murielly Alves da Costa foi denunciada pelo homicídio qualificado de Bárbara e tentativa de homicídio contra a esposa da vítima, Kamyla Lima Canedo. O Ministério Público entendeu que o crime foi triplamente qualificado, por ter sido cometido por motivo fútil, com emprego de meio que resultou perigo comum e mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.Ao POPULAR, o delegado do caso, Marcos Gomes, relatou que participaram da reprodução simulada todas as testemunhas arroladas, inclusive a vítima da tentativa de homicídio. “A denunciada, no entanto, não compareceu, utilizando seu direito a não autoincriminação. Mas o advogado dela e o assistente de acusação estiveram no local”, disse.Leia também:- Motorista é presa suspeita de atropelar de propósito e matar mulher, em Goiânia- Suspeita de atropelar e matar mulher de propósito em Goiânia alegou ter transtorno, diz polícia- Empresária suspeita de atropelar e matar mulher em distribuidora é denunciada pelo MP- Justiça determina reconstituição de atropelamento que matou mulher em distribuidora de bebidaRelembre o casoAs imagens de câmeras de segurança da distribuidora de bebidas mostram Murielly alterada, discutindo e provocando confusão no local. Conforme a denúncia, duas mulheres, Bárbara Angélica e a companheira, Kamyla Lima, estavam entre as pessoas que acabaram se envolvendo na briga.Em um determinado momento, Kamyla despejou um copo de cerveja na cabeça da suspeita, que foi até o carro e avançou com ele para cima da mulher. Bárbara teria então tentado tirar a chave da ignição do veículo. Neste momento, Murielly a prensou com o veículo contra a pilastra de um estabelecimento.Bárbara morreu ainda no local. Já Kamyla foi levada para o hospital. A suspeita fugiu do local e foi localizada em Nerópolis, município a 35 quilômetros de Goiânia. Prisão e alegação de transtornoApós o fato, Murielly alegou aos policiais militares que não se lembrava do crime e que só percebeu que seu carro estava amassado após a abordagem policial.Em depoimento à Polícia Civil, Murielly disse ter transtorno de borderline, cujos sintomas incluem instabilidade emocional, impulsividade e alterações no humor. No entanto, a reportagem não conseguiu acesso a nenhum laudo que comprove tal informação.-Imagem (1.2442077)