Após mudança no processo, o personal trainer filmado espancando a namorada, em 2019, em Goiânia, vai responder pelo crime de lesão corporal de natureza grave. Em janeiro de 2020, a Justiça havia decidido mandar Murilo de Morais Segurado, de 33 anos, a júri popular, pelo crime de tentativa de homicídio triplamente qualificado.O caso aconteceu em 28 de agosto, quando câmeras de segurança registraram Murilo dando socos e chutes na cabeça e no corpo da então namorada, de 33 anos, que não teve a identidade revelada. A vítima teve um braço quebrado devido às agressões e precisou fazer fisioterapia, enquanto o personal trainer responde ao processo em liberdade.O pedido de desqualificação do crime de tentativa de homicídio para lesão corporal de natureza grave foi feito pelo advogado de Murilo, Max Lânio Leão, que foi procurado pela reportagem e não enviou resposta até a última atualização da matéria. O pedido foi aceito pelo desembargador Eudélcio Machado Fagundes, do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), no último dia 1º de julho.No relatório, o magistrado registra que a vítima revelou no depoimento que ouviu “um senhor gritando para parar, porque ele iria matá-la”, mas que Murilo só cessou as agressões após ouvir um disparo feito por um policial. Por outro lado, o personal trainer afirmou que parou de bater na namorada “por vontade própria”, pois “sequer ouviu o policial civil ordenar que ele parasse”.Com isso, o desembargador aceitou o pedido de desqualificação após o depoimento de outras testemunhas, que “corroboram a versão” da defesa de que Murilo não tinha a intenção de matar a namorada. “Assim, inexistindo prova clara de que o agente quis o resultado, ou assumiu o risco de produzi-lo deve ser efetiva a pretendida desclassificação”, decidiu Eudélcio.Leia também: - Homem suspeito de matar namorada a facadas em Uruaçu é preso no Piauí- Homem é preso suspeito de agredir namorada, destruir móveis e jogar motocicleta em bueiro