-Imagem (Image_1.2393120)-Imagem (1.2393808)O Parque Urbano Ambiental Macambira Anicuns (Puama) será o principal atrativo para novas moradias na região Sudoeste de Goiânia, a contar com o novo Plano Diretor. O equipamento começou a ser construído ainda em 2003, mas teve as obras suspensas e só retomadas em 2013, quando o plano atual, aprovado em 2007, já estava em execução. Agora com três de seus onze setores prontos, todos entre a nascente do Córrego Macambira e o encontro com o Cascavel, os bairros próximos ao parque linear terão quadras classificadas como áreas adensáveis, onde será possível construir prédios acima de 12 andares e até seis vezes o tamanho do terreno.Até então, a região Sudoeste possui como áreas adensáveis as quadras lindeiras à Avenida Rio Verde, na divisa com Aparecida de Goiânia, e na Rua Presidente Juscelino Kubitschek, que é a continuação da Avenida César Lattes, que se tornam a GO-040 e liga a Aragoiânia. Com o novo Plano, o mapa do modelo espacial aprovado pelos vereadores na Comissão Mista no último dia 5 aumenta a quantidade de quadras ao longo deste último eixo citado, especialmente com a inclusão do Conjunto Cachoeira Dourada, localizado entre o Puama e as avenidas Domiciano Peixoto e César Lattes.Este bairro não constava como adensável na proposta original do projeto de lei, enviado à Câmara Municipal em julho de 2019 e só foi incluso pelos vereadores. Além dele, outro setor da Região Sudoeste que deve receber a liberação para a construção de edifícios será o Faiçalville, especialmente ao longo da Avenida Madrid. A via faz parte do corredor de adensamento da Avenida T-63, que também é uma novidade deste Plano Diretor ainda em discussão. Essa mudança, no entanto, já constava na proposta da Prefeitura.Porém, diferente do que estava no projeto, os vereadores acrescentaram as quadras lindeiras ao corredor que estão no Parque Anhanguera, fazendo com que todo o eixo se torne adensável. O arquiteto e urbanista Andrey Machado afirma que o novo Plano faz com que seja cumprida a legislação que cria o Puama. “A Prefeitura criou boas vias, são todas largas as que fizeram na região. A lei permite até o PDU II (Projeto Diferenciado de Urbanização II, com um imóvel a cada 30 metros quadrados de área). É um local urbanizado e com vias acessíveis. É uma decisão acertada.”No entanto, Machado reforça que os legisladores, quando houver a atualização das leis complementares ao Plano Diretor, deverão rever os parâmetros de garagens. “Isso é no Código de Edificações. Essa relação de vagas é o principal ponto, porque nas faixas lindeiras dos leitos dos córregos, como é o caso do Puama, é um problema natural se usa o subsolo. Vai encher de água mesmo, por isso tem que avaliar. Não precisa zerar, não ter vaga nenhuma, é uma questão de analisar de modo mais setorial, sem precisar valer para a cidade toda. É uma coisa específica para as construções lindeiras aos córregos.”O vice-presidente da da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Dener Justino, reforça que o Puama se tornou sim um atrativo para a região Sudoeste e apresenta infraestrutura adequada. No entanto, se o local vai receber investimento privado, de acordo com ele, ainda não dá para cravar. “Vai ser na tentativa e erro. Alguém vai fazer um edifício lá e vai ver se dá certo, aí depois vai fazer outro”, afirma, mesmo sendo uma região localizada próxima aos bairros mais adensados da capital, como o Setor Bueno.Na região Sudoeste, ainda há áreas no Jardim Atlântico, por exemplo, nas proximidades do Parque Cascavel, que já vêm sendo ocupadas nos últimos anos. Para o mesmo local, o novo Plano também definiu os arredores do Centro de Treinamento do Goiás Esporte Clube, o chamado CT do Parque Anhanguera, que é um bem tombado, como uma Área de Proteção Cultural (Apac), ou seja, com parâmetros urbanísticos diferenciados para a ocupação.Condomínio será regularizadoO Condomínio Privê das Oliveiras, localizado na saída para Aragoiânia, às margens da GO-040, e ao lado do Conjunto Madre Germana II, será incluído na macrozona urbana de Goiânia com a aprovação do novo Plano Diretor, caso a proposta permaneça como está atualmente. O local, que está em uma área rural da macrozona do Dourados, e existe pelo menos desde 2004, está incluso na proposta entre as áreas rurais possíveis a serem urbanizadas por meio da outorga onerosa de alteração de uso (OOAU). No caso, porém, o bairro não precisará arcar com qualquer custo para passar a fazer parte da macrozona urbana. O Condomínio Privê das Oliveiras é citado com outros seis bairros em uma emenda aprovada no relatório final da Comissão Mista. Os outros bairros citados são três na região Norte (Elza Fronza, Ipês - Extensão e Paraíso) e outros três na região Noroeste (Recreio Bandeirantes, Vida Bela e Parque Morumbi). As demais áreas marcadas como zona passível de OOAU, para deixarem de ser rurais e passarem a ser urbanas, devem arcar com o custo de R$ 1,62 por metro quadrado e ainda taxas. No caso do bairro da região Sudoeste, já em 2010, o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), impetrou ação civil pública pedindo que a Prefeitura e os loteadores da área fizessem a regularização do local, com elaboração do projeto urbano, o registro nos cartórios de imóveis e o levantamento topográfico do local. A ação reiterava que se tratava de crime o loteamento de uma área rural, mas que como se encontrava em local já acessível e dentro das possibilidades de urbanização, era passível fazer a regularização. No entanto, a situação só deverá ser resolvida para os moradores com a aprovação do novo Plano.-Imagem (1.2393250)