“Nem policial escapa da injúria racial", destaca o sargento Django Rodrigues da Silva, do 48º Batalhão de Polícia Militar (BPM) após ser chamado de “preto, macaco e fedido” durante abordagem em Americano do Brasil, a 110 km de Goiânia. Crime ocorreu em maio de 2016 e somente no início deste mês, seis anos depois, o agente foi indenizado em R$ 1.760 pelo agressor.“Se está xingando a polícia, imagina um cidadão comum que tem maior fragilidade e é mais carente. São palavras que a gente escuta desde criança e se acostuma, mas vai gerando danos e a gente se sente triste e fica com a autoestima baixa por causa dos xingamentos. Muita gente é vítima e não denuncia por causa das dificuldades e demora da Justiça”, afirma Django.Durante entrevista à TV Anhanguera, o sargento aconselhou as vítimas a procurarem a delegacia mais próxima e denunciar para que esses agressores paguem pelo crime praticado. “Eu quis expor o meu caso devido a várias ocorrências rotineiras acontecendo Brasil afora, de crimes de racismo, injúria racial. Por isso, o conselho que eu dou é que você denuncie”, afirmou.O boletim de ocorrência narra que a PM foi acionada por conta de um rapaz estar quebrando o portão de uma casa. Django, que na época era cabo, e outro oficial foram até o local e tentaram acalmar o homem “transtornado” depois de uma briga com a mulher. Entretanto, ele começou a xingar o sargento de “preto” várias vezes e só não foi preso na hora devido à intervenção da mãe e da avó dele.Leia também:- Polícia acelera investigação sobre injúria racial contra Fellipe Bastos- Goiano é vítima de racismo em postagem de rede social após defender Anitta- Vídeo flagra injúria racial contra aluno em jogo de basquete, em Caldas Novas: ‘seu preto’