A Polícia Civil concluiu o inquérito do caso dos irmãos de 7 e 5 anos que foram assassinados no município goiano de Bonópolis, em julho deste ano. As investigações confirmaram a presença do DNA de Reginaldo José Barbosa, suspeito de cometer o crime, nas partes íntimas das vítimas, mas também descartaram a participação de um amigo dele, que chegou a ser preso.De acordo com o delegado Danilo Wendel, “laudos apontaram que, de fato, havia DNA do Reginaldo nos vestígios localizados nos corpos da menina Ayla e do Luiz Otávio”. Ele foi localizado no dia 10 de julho, quatro dias após o crime, e morreu após um confronto com a polícia.Já quanto ao outro homem, amigo de Reginaldo, o delegado descartou sua participação no crime e destacou que o DNA dele não foi encontrado.“Não foi coletado e não foi positivado material genético dele nos locais de crime. Embora nós tivéssemos indícios iniciais de que ele tinha participação nos fatos, a gente acabou descartando com base nas provas técnicas”, disse Danilo.No entanto, o homem acabou indiciado por posse ilegal de arma de fogo, “uma vez que foi encontrada uma espingarda em sua residência durantes as buscas” pelo suspeito.O delegado informou que a polícia manifestou pela extinção da punibilidade de Reginaldo, apontado como o autor do crime, uma vez que ele foi morto em confronto com a Polícia Militar (PM).“Encaminhamos o inquérito policial ao Poder Judiciário na última sexta-feira e aguarda-se, agora, manifestação do Ministério Público e posteriormente decisão judicial”, concluiuRelembre o crimeNo dia 6 de julho, a mãe do pequeno Luiz Otávio Nunes Reis, de 7 anos, e Ayla Luciene Jesus, de 5, chegou em casa do trabalho, em Bonópolis, no Norte do estado, e encontrou o filho morto. Já o corpo de Ayla foi encontrado na saída da cidade.Tanto o menino quanto sua irmã tinham marcas de cortes feitos com faca na região do pescoço. Um laudo apontou também que as duas crianças tinham sinais de violência sexual.Reginaldo José Barbosa, amigo distante da família e principal suspeito de comer o crime, foi localizado no dia 10 do mesmo mês, domingo, e morreu após um confronto com a polícia.Visita do governadorO crime em Bonópolis chocou a população do estado pela crueldade. Um dia após a prisão de um suspeito e morte de outro, o governador Ronaldo Caiado visitou a família de Luiz Otávio e Ayla.Caiado viajou para Bonópolis de avião, acompanhado da primeira-dama, Gracinha Caiado.“O meu sentimento, ao saber do ocorrido, foi de vir aqui trazer as condolências e apoiar toda a comunidade impactada com a notícia e mostrar que a cidade é um lugar de pessoas pacatas, humildes, trabalhadoras e que, realmente, um desajustado provocou tudo isso. E dizer que nosso serviço de segurança pública já avançou bastante”, disse, na ocasião.Leia também:Laudo aponta que menino assassinado junto com irmã em Bonópolis também sofreu abuso sexualTia dos irmãos mortos em Bonópolis desabafa: “saber que ele pagou por tudo é um alívio para a gente”