Três anos depois de finalizada a obra de construção do prédio principal do Câmpus Aparecida de Goiânia da Universidade Federal de Goiás (UFG) nenhuma aula foi ministrada no local ainda. As obras foram iniciadas em 2015 e finalizadas em setembro de 2018, com a previsão de iniciar o ano letivo de 2019 da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) já no local. À época, a justificativa para o não uso das dependências do novo Câmpus era a falta de infraestrutura nos arredores, como energia, água e pavimentação da continuidade da Avenida Santana, na região Leste do município da região metropolitana de Goiânia. Hoje, o argumento continua.A nova previsão é que o Câmpus possa ser inaugurado no fim deste ano, com a possibilidade de receber as primeiras aulas no próximo semestre letivo. “Estamos organizando a parte interna ainda. Já temos o essencial do mobiliário e até com sobras, os equipamentos dos laboratórios que usamos hoje também vão para lá”, afirma o diretor da FCT, professor Júlio César Valandro Soares. Desde 2014, os três cursos da faculdade (Engenharia de Produção, Engenharia de Transportes e Geologia) estão sendo realizados em uma estrutura emprestada da Universidade Estadual de Goiás (UEG), também em Aparecida.Segundo Soares, apesar da inatividade, o prédio está bem conservado e não será necessária qualquer reforma para a ocupação. “A manutenção é necessária a gente estando lá ou não, como nessa questão de pintura externa. De todo jeito teria o desgaste”, diz. O professor conta que a UFG já dispõe de uma equipe de segurança 24 horas no local, o que impede a prática de vandalismo no prédio ou presença de pessoas em situação de vulnerabilidade. A equipe do POPULAR esteve no local e verificou que a construção está em boas condições, apenas um pedaço de gesso em um dos andares estava quebrado, mas seria possível atender aos alunos da FCT com a situação.O principal problema, no entanto, é a falta de rede elétrica. Segundo a Enel Goiás, já existe um contato com a UFG “para que a ligação definitiva do Câmpus de Aparecida de Goiânia seja efetivada o mais breve possível”. Não foi dado um prazo para que a situação seja resolvida. A companhia de distribuição complementou que “o projeto de construção de rede de energia elétrica está em fase de desenvolvimento”. Soares explica que há necessidade da energia também para o abastecimento de água no prédio, visto que a solução no local foi a instalação de poços artesianos. “A rede de água e esgoto já está instalada, precisa da energia.”A falta de energia também impede a montagem dos equipamentos nos laboratórios e dos mobiliários. Neste caso, o diretor conta que apenas os miniauditórios ainda não contam com os móveis ideais para o início. Em todo o entorno do prédio não há qualquer construção finalizada. Válido ressaltar que a única estrutura pronta é o prédio principal, com 7.400 metros quadrados de área construída em um terreno de 500 mil metros quadrados. Pelo projeto, ainda está faltando a construção de um centro de convivência e de uma ala para os professores, que receberam verbas de emendas de parlamentares da bancada federal de Goiás. O centro está em processo de execução da obra. Pavimentação do entorno é prometida para setembroAlém da falta da rede elétrica para o abastecimento do Câmpus Aparecida de Goiânia da Universidade Federal de Goiás (UFG), outro problema que impede o uso do local é a falta de pavimentação da continuidade da Avenida Santana, na altura do Setor Nova Olinda e até o Bairro Santo Antônio, contabilizando 6 quilômetros (km). As obras são de responsabilidade da prefeitura de Aparecida de Goiânia e estão em andamento, com previsão de entrega para o próximo mês de setembro. “Segundo a Secretaria de Infraestrutura de Aparecida (Seinfra), o Eixo Leste-Oeste 04 já tem 35% das obras concluídas. O serviço está na fase de terraplanagem, e a pavimentação asfáltica começa ainda neste mês de agosto”, informa a prefeitura.A obra vai atender ainda o Polo Aeronáutico Antares, que tem sido chamado popularmente de Aeroporto de Aparecida. A pavimentação contempla ainda as vias de acesso ao Câmpus da UFG e a área de estacionamento da faculdade. O diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), Júlio César Valandro Soares, explica que já há projeto de implantação de linhas de ônibus para o atendimento da comunidade escolar. “Na faculdade sempre teve essa vontade de mudar, para uma estrutura que é melhor, claro que os alunos reclamam, mas onde estamos também há uma estrutura boa”, garante Soares a respeito de uma possível perda no conforto dos estudantes. O diretor acredita ainda que a migração vai ocorrer com estrutura capaz de confortar toda a comunidade, desde a existência de uma cantina no prédio principal como o espaço para um refeitório, onde será colocado um restaurante universitário.-Imagem (1.2296892)