Das 33 grandes obras anunciadas pela prefeitura de Goiânia, sendo 26 pontes e sete viadutos, para minimizar gargalos de trânsito e de acesso da capital, quatro pontes devem ter início das obras no início de 2022. Ainda não há datas para início das outras construções, mas o município detalhou para reportagem do POPULAR onde serão construídos os elevados previstos no pacote. Um deles, por exemplo, tem a intenção de melhorar o tráfego no cruzamento das Avenidas 85, Mutirão e Ricardo Paranhos.Secretária de Relações Institucionais (SRI), Valéria Pettersen diz que os estudos feitos pela Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) apontam este e outros cruzamentos como críticos. “É assim que vamos resolver o problema do trânsito em Goiânia? Não é! Isso só vai acontecer a longo prazo, com investimentos no transporte público e mudança da cultura do carro em Goiânia. Como a gente não tem como fazer isso do dia para a noite, faremos estas intervenções para minimizar o caos que é nestes endereços nos horários de pico, enquanto as outras ações são implementadas.”O viaduto citado será o terceiro na Avenida 85. A via já possui uma intervenção com elevados no cruzamento com a T-63 e outra na Praça do Ratinho. No caso do viaduto que está sendo planejado, ele deverá ter um elevado para deixar o trânsito livre para quem passa pela Avenida 85. “Mas as obras não vão se resumir aos viadutos, os projetos contemplam mudanças de sentidos de vias das regiões, entre outras mudanças para melhorar o fluxo do transporte.”Valéria reforça que as mudanças vão melhorar o tráfego de todos os veículos, incluindo do transporte coletivo. “Várias linhas do transporte coletivo passam por ali. Se tivermos uma solução estratégica para o local, a melhoria beneficia todo mundo.” Ela diz que a prefeitura busca solução especial para a mobilidade e que isso tem como foco o transporte coletivo.Ainda não existe data para que os viadutos ou intervenções nas suas proximidades iniciem, mas a secretária de Assuntos Institucionais acredita que já em 2022 parte destas obras saiam do papel. A secretária diz que, em alguns casos, não será construído viaduto, mas alterada a região próxima dos viadutos que já existem, para ampliar as alças de acesso e desafogar o trânsito nos grandes cruzamentos. “São estudos que envolvem tanto a Secretaria de Mobilidade, quanto a de infraestrutura e nós, estamos viabilizando na busca de recursos.”Valéria cita o exemplo da previsão de construção de um viaduto na BR-153, perto da Avenida Contorno. Ela detalha que ali já existe um viaduto, que dá acesso ao Parque das Laranjeiras, mas que o fluxo ainda é muito grande e as pessoas que precisam passar pelo local nos períodos de maior movimento enfrentam muita dificuldade. Para a região, ela explica que talvez seja necessário criar novas alças e rotas, com alteração de sentidos de vias. Mas se for necessário uma intervenção maior, com um viaduto, ele seria construído um pouco mais à frente na BR-153, no cruzamento com a Rua 26. Mas este caso também está sendo analisado.Setor SulOutro viaduto que está sendo analisado visa aliviar o fluxo de carros na Praça Genaro Maltes, no Setor Sul. Para quem não a conhece pelo nome, ela fica em frente ao Centro Popular de Abastecimento e Lazer (Cepal) do bairro. A rotatória da praça recebe veículos das avenidas 83, 86, Fued José Sebba e ruas 115 e 243. “Ali é outro lugar que precisa de uma intervenção, já é praticamente impossível passar por ali nos horários de maior movimento”, diz a secretária. A expectativa é que tenha um elevado para que os veículos que sigam sentido Praça Cívica possam passar sem intervenção.Os projetos, na explicação da titular da SRI, vão amenizar os principais pontos de gargalos da cidade e ela fala de um ponto que entrou por último no estudo, mas que era impossível que se pensasse nos pontos críticos sem pensar neste local. No cruzamento da Avenida Castelo Branco com Rua Jaraguá, ligando o Setor Campinas e Bairro Rodoviário, também existe grande fluxo, ainda mais no começo e no final do dia. “A largura da Rua Jaraguá é um problema. Vários veículos vêm do Bairro Rodoviário e entram em uma via estreita. A solução para isso vai passar por intervenções em toda a região, não apenas com um viaduto.” Ela acrescenta que este local também passará por mudanças de sentidos de vias, proibições de estacionamentos, entre outras intervenções.No caos do viaduto que já existe na Avenida Anhanguera com a BR-153, não deverá ocorrer intervenções com novos elevados ou trincheiras, mas a adequação da nas ruas próximas. “Ali também é um ponto crítico e não há como fazer outro viaduto, mas tem como melhorar. Os engenheiros e técnicos da Mobilidade (SMM) estão estudando e finalizando o que pode e deve ser feito.” Ela não descarta, entre outras coisas, desapropriar áreas para dar espaço nas vias a novos acessos ou desvios, de forma a garantir maior fluidez. “Em alguns locais, temos o viaduto, mas falta o conjunto. Falta o acesso. Talvez o acesso atendesse um período, mas hoje não atende mais e não podemos deixar assim.”Os dois últimos viadutos da lista dos sete apresentados pela prefeitura estão na mesma avenida, mas em cruzamentos diferentes. Os dois elevados deverão ser construídos na Avenida Pedro Ludovico, sendo um no cruzamento com a Alameda Câmara Filho e outro no cruzamento com a Rua das Magnólias. “Neste local, não faz sentido fazer uma intervenção e deixar o outro cruzamento. Para ter fluidez e o resultado que esperamos, será necessário fazer nos dois locais.”TempoValéria garante que é possível iniciar e concluir as obras neste mandato, já que o método atual para construção deste tipo de obra é bastante rápido, com vigas pré-moldadas. Ela diz que, em todos os casos, há estudos para viabilidade da obra, já que seria necessário interromper o fluxo por certo período. Como são regiões de tráfego intenso, ela reforça que a SMM apresentará alternativas para rotas.Os recursos para as obras partem do próprio município, mas a secretária explica que a SRI vai buscar empenho junto aos vereadores e deputados que representam as regiões.Obras começam por 4 pontesTitular na Secretaria de Relações Institucionais (SRI) de Goiânia, Valéria Pettersen explica que as obras são necessidades identificadas por pastas como a Secretaria de Municipal de Mobilidade (SMM) e Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra). Ela detalha que cada ponto marcado no mapa e que mostra que haverá uma intervenção foi amplamente estudado e avaliado pelas pastas envolvidas. Questionada sobre como a prefeitura escolheu estes pontos, ela afirma que, ou já são estudados há tempos pela prefeitura, ou partiram de demandas das lideranças ou moradores das regiões por meio de vereadores, audiências públicas ou até mesmo demandas encaminhadas por redes sociais. As obras devem começar a sair do papel em 2022 e a gestão busca recursos com governo federal e emendas de vereadores e deputados. Por enquanto, está com andamento e captação de recursos avançados para a construção de quatro pontes, sendo duas na região sudeste da capital, uma na região Mendanha e outra na região oeste. “São pontes que vão resolver problemas de quem mora nessas regiões, que vão facilitar acesso.”A primeira fica no Residencial Fidelis e a ponte será um complemente da Avenida Maria Carolina e vai ligar o bairro ao Residencial Corumbá. A segunda obra com projeto pronto e que já está em fase final de definição do recurso vali ligar os bairros London Park e 14 Bis. A obra será realizada com o prolongamento da Rua 8-A. A terceira obra vai ligar os bairros Residencial Sonho Verde e Vila Maria Luiza com o prolongamento da Rua Serra Grande. A última ponte vai colocar uma ponte no prolongamento da Estrada D, no residencial Vale do Araguaia para ligar à Avenida Cristal.Valéria afirma que, mesmo não sendo obras em regiões centrais, são intervenções fundamentais para a circulação dos moradores pela região e por bairros vizinhos. Em alguns destes bairros, a secretária diz que apenas uma rua é responsável pelo acesso de entrada e saída e que isso acaba sendo um problema para os moradores que chegam tanto de carro, quanto de ônibus. Das 26 pontes identificadas como necessárias para mobilidade, 16 já estão com projetos adiantados e os quatro endereços listados acima serão os primeiros a saírem do papel. Os outros dez pontos estão em fase de análise de viabilidade e de custos. Ainda na lista dos 16 que estão adiantados, constam pontes no Residencial Center Ville, Bairro Floresta, Residencial Fidelis, Eli Forte, entre outros. -Imagem (1.2346367)