Os serviços de operador das atrações, bilheteria, catraca e encarregado dos parques Mutirama e Zoológico de Goiânia (ZooGyn) serão terceirizados pela Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul). O contrato será assinado na manhã desta quarta-feira (13), com prazo de 12 meses, no valor de R$ 3,17 milhões. A empresa vencedora do processo licitatório feito em fevereiro, Trip Locações e Eventos LTDA, é de Santo Antônio de Goiás e terá 40 dias para contratar e treinar pessoal para 92 postos de trabalho. A previsão é que o serviço seja iniciado no começo de junho.De acordo com o presidente da Agetul, Valdery José da Silva Júnior, a terceirização da operação dos parques quanto ao atendimento ao público se dá pelo entendimento de que os parques não tinham servidores para as funções. “Houve processo seletivo em 2019 e 2020, mas logo veio a pandemia. Hoje quem opera aqui é funcionário da Comurg (Companhia de Urbanização de Goiânia). A gente sofre com falta de pessoal, lidar com escala, com licença. Agora isso vai ser resolvido, mas os parques continuam sendo públicos, não muda nada”, afirma.Neste caso, as manutenções dos brinquedos são realizadas em um contrato a parte, que custa cerca de R$ 2,4 milhões por ano. Assim como o cuidado com os animais do ZooGyn, que continua a cargo dos funcionários da Prefeitura. A terceirização da parte operacional ocorre no momento em que a Agetul pretende reformular todo o Parque Mutirama, que não cobra entrada do público desde junho de 2019, quando foi reaberto após um ano e meio de fechamento após um acidente no brinquedo Twister, que já não existe.Silva Júnior promete que até o final do ano o Mutirama deve estar reformulado, com todas as atrações em pleno funcionamento. Atualmente, dos 28 brinquedos no local, 20 estão totalmente em uso. Em um, o Trenzinho que circunda o parque, o funcionamento é parcial porque apenas um dos dois veículos está em condições. Já o Tobogã e o Cine4D estão fechados desde o início da pandemia de Covid-19 porque não é possível garantir a higienização de ambos entre a troca do público.As duas montanhas-russas estão em manutenção. A menor porque o trilho foi quebrado em dois locais após a queda de uma árvore durante uma chuva, e a maior, por questões de segurança, passa por trabalho preventivo. O mesmo ocorre com o Volta Ao Mundo, que deve voltar a receber público ainda no final deste mês. Os maiores problemas são com a Casa Mal-assombrada e o Teleférico. O primeiro não funciona desde 2017, enquanto o segundo desde 2015.A ideia da Agetul é realizar licitação para a reforma total das duas atrações. A da Casa Mal-assombrada já foi publicada e as propostas serão abertas no próximo dia 19. A previsão é que se gaste cerca de R$ 1,1 milhão para a revitalização, desde a parte mecânica e hidráulica até a artística. “Visitamos outros lugares que possuem essa atração, fomos até no Hopi Hari em São Paulo e queremos fazer algo de excelência aqui”, conta Silva Júnior. A ideia é que a reforma no local dure até seis meses.O presidente da Agetul conta que a Casa Mal-assombrada, que é conhecida na capital como Trem Fantasma, foi alvo de depredação, vandalismo e furtos. No local, atualmente, apenas três bonecos usados para assustar o público continuam intactos. “O restante levaram todos, destruíram tudo”, conta. Os equipamentos e maquinário também foram destruídos. Silva Júnior afirma que a empresa que for escolhida no processo seletivo terá de provar a capacidade de realizar o trabalho.“Queremos ter uma Casa Mal-assombrada muito boa, o que temos aqui é a maior da América Latina e queremos que se tenha atrações que de fato levem as pessoas ao susto. Vai ter que fazer tanto na parte mecânica quanto na parte artística”, afirma o presidente. Além disso, ainda neste semestre, haverá a licitação da reforma do Teleférico, que só funcionou por seis meses, em 2015. A atração também foi alvo de vandalismo e diversos cabos e máquinas foram furtados durante este período sem funcionamento. Público chega a 60 mil pessoas por mêsOnze meses após a reabertura do Parque Mutirama, que ficou fechado em decorrência da terceira onda da pandemia de Covid-19, em maio de 2021, o local recebe cerca de 60 mil pessoas por mês. A quantidade ainda é menor do que ocorria antes das restrições realizadas para conter o alastramento da doença. Entre junho de 2019 e janeiro de 2020, a Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul) registrava uma média de 102 mil pessoas a cada mês no parque. Neste período, já não havia mais a cobrança do ingresso para o local, que estava fechado há um ano e meio até então.Para se ter uma ideia, em 2017, o Mutirama recebia uma média de 46 mil pessoas por mês, quando o ingresso era 16 reais a entrada inteira. Para o presidente da Agetul, Valdery José da Silva Júnior, o público atual é considerado bom e a diferença se dá pelas restrições com relação à pandemia, que impede o funcionamento de algumas atrações. “Quando eu cheguei aqui, em 2020, só 11 das 28 atrações estavam funcionando, hoje são 20. Mas o parque ficou fechado em 2020, parte de 2021, e agora vamos revitalizar. A ideia é que possamos deixar tudo funcionando em outubro.”-Imagem (Image_1.2437296)-Imagem (Image_1.2437294)