Atualizada em 1º/4 às 8h56.O homem de 72 anos que foi o primeiro a ser internado no Hospital de Campanha para o Enfrentamento ao Coronavírus de Goiás (HCamp), em Goiânia, já foi liberado pelos médicos para que possa cumprir um período de quarentena domiciliar em sua residência em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, até pelo menos sair o resultado do teste que vai confirmar ou não se ele contraiu o novo coronavírus (Covid-19). Ele era casado com a primeira vítima comprovada da doença em Goiás, uma mulher de 66 anos que morreu no dia 26.No entanto no início da manhã desta quarta-feira (1º), o paciente continuava no hospital e aguardava apenas a ambulância que foi enviada de Luziânia para transportá-lo até a residência. Caso o teste dê positivo para coronavírus, ele terá de cumprir a quarentena na integridade. informação sobre a alta hospitalar foi repassada pela supervisora de assistência do HCamp, Marta Kelly Nogueira, ao lado do governador Ronaldo Caiado (DEM) em entrevista à Rádio Brasil Central (RBC), transmitida também pelas redes sociais.Em 26 de março, mesmo dia da morte da mulher dele, o homem deu entrada no HCamp às 22h29. Ele foi transferido da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Ingá, onde estava internado, em estado grave e com suspeita de infecção pelo novo coronavírus.Cinco pessoas estão internadas em estado grave no HCamp, nesta terça-feira (31). De acordo com a unidade, são três mulheres e dois homens intubados e respirando com auxílio de aparelhos. Além deles há mais 10 pacientes no hospital em unidades críticas. Cinco mulheres e três homens estão internados em estado estável e outros dois passavam por avaliação.Ainda não há resultados de nenhuma das amostras coletadas nos pacientes internados e encaminhadas para exames no Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen) para o diagnóstico da infecção pelo novo coronavírus, segundo a unidade de saúde.Segundo o hospital, uma das pessoas avaliadas é uma mulher que foi encaminhada a partir de um município do interior do Estado. Por não possuir o perfil de atendimento da unidade, ela será transferida em breve para continuidade do tratamento na capital, de acordo com o HCamp.Entre os dias 26 e 31 de março, 41 pessoas foram atendidas no Hospital de Campanha. Destas, 13 foram internadas, dez tiveram alta hospitalar, quatro foram ou serão transferidas por não possuírem o perfil de atendimento da unidade e duas estão sendo avaliadas. Dois pacientes morreram.Na madrugada desta segunda-feira (30), um idoso, de 84 anos, morreu no hospital. Ele era do interior do Estado e foi transferido para a unidade. Segundo o HCamp, não é possível afirmar que a morte ocorreu em decorrência de Covid-19, pois o resultado do exame realizado para tal ainda não foi emitido.Outra morte registrada foi a de um jovem de 27 anos, que deu entrada no hospital na noite do último sábado (28). Ele foi transferido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Águas Lindas de Goiás e, com a morte, foi feita a coleta de material para exames que serão realizados pelo Lacen.A vítima possuía um quadro de miastenia grave, uma doença que leva a um quadro de enfraquecimento muscular, e segundo as secretarias municipais de Saúde tanto de Águas Lindas, onde ele reside, como da cidade de Goiás, onde ele ficou internado antes de ir para o HCamp, ele não apresentava sintomas do novo coronavírus.