O novo Código Tributário Municipal (CTM) de Goiânia aprovado e sancionado em 2021 previa que cerca de 37% dos imóveis em Goiânia – algo em torno de 250,6 mil inscrições - teriam um reajuste no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) acima da inflação em 2023. Todos estes imóveis estão entre os que tiveram um reajuste de 45% mais a inflação em 2022.A Prefeitura divulgou pela primeira vez estes dados durante coletiva à imprensa na manhã desta quarta-feira (27) ao apresentar um projeto de lei que congela o reajuste do IPTU pelos próximos dois anos a apenas a inflação e reduz o valor venal das casas residenciais de apenas um pavimento.Os reajustes que ocorreriam com as mudanças feitas no CTM em 2021 foram empurrados para 2025, mas não ficou claro quantas inscrições ainda seriam afetadas, já que parte delas será beneficiada com a redução do valor das casas térreas.Ao todo, 180.979 residências de um pavimento terão a redução que pode chegar a 17,5%, mas não foi dito quantos destas teriam um aumento em 2023.Além disso, a Prefeitura quer reduzir o teto de aumento anual que hoje está em 45% mais a inflação para apenas 10% a partir de 2025. Com isso, caso uma inscrição ainda tenha de ser corrigida em 50% pelo novo CTM, este reajuste ocorreria em 5 anos e não mais em apenas dois.A intenção é amenizar o impacto da correção feita no ano passado, quando muitos contribuintes já sentiram no bolso por causa de um aumento de 45% mais a inflação.O titular da Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), Vinícius Henrique Pires Alves, informou durante a apresentação que 170.577 inscrições (entre imóveis residenciais ou comerciais e lotes) terão um aumento de mais de 40% no IPTU do próximo ano pelas contas do atual CTM, um número considerado alto pelo Executivo, e que o projeto elaborado no primeiro semestre deste ano em conjunto com setores da sociedade corrige algumas distorções.Em junho, O POPULAR antecipou os 20 principais pontos de revisão do código, entre eles a redução de 5% no metro quadrado das casas residenciais de um pavimento sem a correção pela inflação em 2023, a ampliação do teto do programa IPTU Social, que prevê isenção para quem tem um único imóvel residencial até R$ 140 mil, e o reenquadramento de tipos de imóveis que eram classificados como “especiais” e cujos donos pagavam pelo metro quadrado um valor até 10 vezes maior do que deveriam, segundo a Sefin.Leia também:- Projeto que muda Código Tributário de Goiânia será enviado à Câmara apenas depois das eleições- Revisão do IPTU em Goiânia fica para outubro- Prefeitura volta a prorrogar prazo de taxa para templos em Goiânia- Parcelamento do IPVA quase dobra depois que número de parcelas passou de 3 para 10, em Goiás-Imagem (1.2499177)