Diante de um novo adiamento do julgamento dos acusados pela morte do jornalista Valério Luiz, a promotoria que atua no caso diz que os recentes movimentos de advogados demonstraram que a defesa está "perdida". É o que afirma o promotor de Justiça, Sebastião Marcos Martins. Na avaliação de Martins, a decisão da defesa do empresário Maurício Sampaio de deixar o plenário para forçar a suspensão não altera a situação do acusado de ser o mandante do crime ocorrido em 2012."Nesta altura do campeonato começar a trazer esse tipo de ação demonstra que eles estão completamente perdidos. Isso nunca foi cogitado durante o processo e do nada vem com essas argumentações", avalia o promotor sobre as ações de suspeição contra promotores e o juiz do caso. Para Martins, a manobra realizada pela defesa de Sampaio não surpreendeu. "Eles já vinham anunciando isso há mais de 15 dias pela imprensa", destaca.Diante do terceiro adiamento, o promotor informa que a Defensoria Pública será acionada para nomear um defensor para representar Sampaio. Na nova data do julgamento, marcada para 13 de junho, caso a defesa do empresário volte a deixar o plenário, ele será representado pela Defensoria.Ainda assim, Martins reconhece a possibilidade de novos recursos. Entre as alternativas, no entanto, não estarão manobras para suspender o júri por falta de advogados. "No mais, o julgamento seguirá da mesma forma. O entendimento dos promotores segue o mesmo. Isso tudo é mentiroso e sem relevância", alega sobre as tentativas da defesa de Sampaio. Sobre a possibilidade de manter o julgamento dos outros quatro acusados, o promotor diz que o Código de Processo Penal determina que primeiro sejam julgados os acusados de serem os autores. Assim, Sampaio, acusado de ser o mandante, não pode ser julgado depois dos demais.