O promotor de Justiça Fernando Krebs tem a conduta investigada pela Corregedoria-Geral do Ministério Público de Goiás (MP-GO). O motivo do procedimento em tramitação seria o posicionamento dele sobre denúncias de maus-tratos, tortura e insalubridade no sistema prisional goiano. Porém, não foram divulgados detalhes sobre o caso. A Pastoral Carcerária Nacional apresentou representação à corregedoria em que questiona a forma como foi feita visita às unidades prisionais para inspeção. Em janeiro, o MP-GO instaurou inquérito civil público para acompanhar e apurar possíveis irregularidades no sistema prisional goiano, após matéria publicada pelo O POPULAR sobre supostas ilegalidades. O promotor visitou instalações do Núcleo de Custódia, do Centro de Triagem, da Penitenciária Odenir Guimarães, Penitenciária Consuelo Nasser (presídio feminino), a Casa de Prisão Provisória, a unidade do semiaberto e o espaço das indústrias (tecelagem, serralheria, marcenaria). Segundo ele, as estruturas estavam adequadas e sobre maus-tratos disse não ter ocorrido reclamações. Assim, o inquérito foi arquivado em maio. Porém, a Pastoral Carcerária acusa que durante as visitas foram ignorados protocolos nacionais e internacionais de inspeção.Ao site A Ponte, a coordenadora nacional da Pastoral, Irmã Petra Silvia Pfaller, citou, por exemplo, que a presença de diretores e agentes penitenciários armados não protegeu os depoimentos das vítimas, o que pode ter prejudicado a captação da realidade vivenciada pelos presos. Além disso, declarações de Krebs ao site também são alvo de questionamento. Em março, sobre as denúncias de maus-tratos, ele teria afirmado que há reclamação “de quem tem seus interesses contrariados”. Segundo A Ponte, ele disse que preso “gosta de reclamar de tudo”. A reportagem procurou o MP-GO para saber detalhes sobre o processo, mas não obteve retorno. O mesmo ocorreu com o promotor Fernando Krebs, que não atendeu ligações ou retornou mensagem encaminhada. O espaço segue aberto para manifestação. Leia também: -Promoção de procuradores e novas funções no MP-GO são aprovadas na Alego-MP denuncia acusado de matar e esquartejar ex-namorada travesti, em Aparecida-Especialistas defendem investigação de adiamento do júri do Caso Valério