Uma cena chamou atenção de quem passou próximo ao Zoológico de Goiânia. O lago dos macacos estava vazio. No local, apenas alguns animais e uma lama que se formou após a retirada da água. “Eu moro em frente (ao Lago das Rosas). Hoje de manhã eu vi que estavam mexendo nas ilhas onde ficam os macacos. Tem um monte de terra ao lado daquela cerca que divide a pista do zoológico. Quando eu acordei levei o maior susto. Não tinha água no lago”, contou o juiz de direito Louviral Costa. O susto tem explicação, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), iniciou na última quinta-feira (27), o processo de reconstrução do lago dos primatas. O procedimento está sendo realizado em parceria com o departamento de aquicultura da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), já que foi necessário o esvaziamento do lago para manejo dos peixes que habitavam o local.Nesta sexta-feira (28), já com o lago esvaziado, a SEINFRA deu início ao processo de retirada dos sedimentos acumulados das chuvas, processo chamado de desassoreamento. Quem passava pelo local estranhou a paisagem. Para os patos que vivem no local, por exemplo, restaram pequenas poças d’água em meio à lama. O lago abriga quatro ilhas onde vivem um grupo de macacos das espécies babuíno-sagrado, macacos-aranha, macacos siamang. Essas ilhas também serão reconstruídas. Os macacos, assim como os peixes, foram remanejados para o outro lago. O presidente da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer (AGETUL), Valdery José da Silva Júnior, explica que essa obra era uma demanda antiga da capital.“As águas das chuvas do Setor Bueno e Setor Oeste acabam desaguando no lago do Zoológico e no Lago das Rosas. A água estava em péssima qualidade, muita terra, lama e sujeira. Têm lugares que tem um metro e meio de lama”, explicou Valdery. O titular da AGETUL também contou que seis peixes tambaquis de aproximadamente 27kg que viviam há mais de 20 anos no lago foram remanejados para a execução obras, que não alteraram o funcionamento normal do Zoológico. “Todo o parque está liberado, nesse momento estamos mexendo apenas no lago dos macacos”, explica Valdery.Uma reforma maior está prevista para o Zoológico. De acordo com o presidente da AGETUL, ela está em processo licitatório e uma verba de aproximadamente R$ 1 milhão será repassada via emenda do Ministério do Turismo. A reforma contemplará aumento da área verde, melhorias de acessibilidade, reforma das escadarias, banheiro, recinto dos felinos e do micário, uma outra ala para macacos.