A partir desta semana, os municípios devem adotar a recomendação do Ministério da Saúde (MS) para reduzir para quatro meses o intervalo entre a segunda dose e a aplicação de reforço contra a Covid-19 para pessoas com mais de 18 anos. Em Goiânia, os imunizantes estão disponíveis em 68 pontos de vacinação. Já Aparecida passa a ofertar as doses nesta terça-feira (21) em 36 postos, além da Central de Imunização e do drive da Cidade Administrativa. As outras cidades também deverão traçar estratégias para seguir a orientação federal.Para imunossuprimidos, o MS informa que será necessário que estes também tomem reforço com intervalo de quatro meses a partir da última vacina contra a Covid-19. Este público, que inclui pessoas com câncer, HIV e transplantados, por exemplo, já tomou três doses de vacinas contra a doença. Nestes casos, será necessário que recebam a quarta dose.A nota técnica emitida pelo MS na tarde desta segunda detalha a antecipação de cinco para quatro meses de intervalo é necessária para garantir efetividade contra as variantes da doença.Secretário de saúde de Goiânia, Durval Pedroso afirma que completar o esquema vacinal, inclusive com a dose de reforço antecipada, é importante para redução da transmissão das variantes existentes. Na capital, para tomar a dose, é necessário apresentar o comprovante de vacinação e documento com foto.Em Aparecida, a prefeitura informou que a antecipação faz parte da estratégia nacional que visa a aumentar a proteção contra a variante Ômicron. O município detalhou que moradores que tenham recebido a segunda dose da Coronavac, AstraZeneca ou Pfizer há 120 dias receberão o reforço com o imunizante da Pfizer. Já aqueles que receberam a dose da Janssen há 4 meses, receberão o reforço do mesmo fabricante. Neste caso, o serviço está disponível no drive da Cidade Administrativa e na Central de Imunização.A nota técnica do Ministério da Saúde (MS) que recomenda o reforço diz que a mudança de datas para aplicação do reforço considera a possibilidade de amplificação da resposta imune com doses adicionais de vacinas. Outro fator levado em consideração para a mudança na estratégia é a confirmação de transmissão comunitária da variante Ômicron em São Paulo. De acordo com o MS, independente de qual imunizante foi administrado na primeira e na segunda dose, será necessário tomar o reforço.O documento ainda diz que a vacina a ser utilizada para a dose de reforço “deverá ser, preferencialmente, da plataforma de RNA mensageiro (Comirnaty/Pfizer) ou, de maneira alternativa, vacina de vetor viral (Janssen ou AstraZeneca)”. Doses acabam em postos de GoiâniaEm alguns postos, as vacinas não foram suficientes para a procura pela dose de reforço. Em um deles, na Avenida T-4, em Goiânia, filas foram formadas e nem todas as pessoas foram atendidas. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que 67 salas de vacinação da capital disponibilizam imunizantes e que haverá reforço das doses nos próximos dias, com a chegada de novas remessas. Alguns postos distribuíram senhas, que acabaram rápido. Até o dia 18 de dezembro, haviam sido identificadas no mundo 9.424 pessoas com a variante ômicron em 69 países, incluindo Brasil. Nesta data (último sábado), o Brasil tinha 27 casos confirmados de pessoas que testaram positivo com a variante, sendo 16 e, São Paulo, quatro no Distrito Federal, três em Minas Gerais, dois casos no Rio Grande do Sul e quatro em Goiás. Dentre o total de casos positivos do Brasil, 16 são mulheres e 11 homens, sendo 21 vacinados e 4 com esquema incompleto.A Secretaria Estadual de Saúde reforça a importância das doses, especialmente por conta das festas de final de ano, que se aproximam. Intervalo de reforço da Janssen deve ser de pelo menos dois mesesA nota técnica do Ministério da Saúde sobre o reforço da vacina contra a Covid-19 informa que pessoas que receberam o imunizante da Janssen e têm 18 anos ou mais devem receber a dose de reforço pelo menos dois meses após a primeira dose.O documento ainda diz que gestantes e puérperas, que são mulheres com até 45 dias pós-parto, deverão receber uma dose de reforço, preferencialmente com o imunizante Comirnaty/Pfizer, a partir de cinco meses do esquema primário. Vacinas AstraZeneca e Janssen não são recomendadas para o uso em gestantes, segundo a nota. O MS informa que até o dia 19 de dezembro deste ano foram distribuídas 381 milhões de doses de vacinas para as unidades da federação, com cerca de 315 milhões de doses aplicadas e registradas. Em Goiás, contando primeira e segunda dose, já foram aplicadas quase 9,5 milhões de vacinas.