O Parque Aquático de Goiânia, localizado no Centro de Excelência do Esporte, no Setor Central, que está abandonado há pelo menos sete anos, deverá ser revitalizado no ano que vem. A previsão é da Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Seel) com base no convênio firmado com a Caixa Econômica Federal que viabiliza recursos para a realização das obras, previstas desde 2016, quando foram entregues as outras etapas do Centro, como o Estádio Olímpico e o Laboratório de Capacitação e Pesquisa.Na época, a promessa era de que a revitalização do Parque Aquático seria feita junto a de todo o Centro, mas o local teve seu uso inviabilizado justamente para que o Estádio Olímpico pudesse ter a reforma finalizada. Isso porque o complexo esportivo, que abriga o campo de futebol e áreas para a realização de atletismo, estava fechado desde 1999 e as obras só foram reiniciadas em 2013, com a previsão de término para 2014, mas o serviço só foi terminado dois anos após a estimativa inicial. Em 2016, havia a proposta de finalizar a reforma do Parque Aquático ainda naquele ano.Em abril de 2017, porém, um grupo de nadadores e professores da modalidade fizeram um “Ato pelo Parque Aquático”, que visava cobrar do governo estadual, na então gestão de Marconi Perillo (PSDB) a retomada da reforma do local. O ex-nadador Bruno Bonfim, que competiu nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, participou da manifestação na época e ainda hoje lamenta que o espaço esteja sem uso. “Ali é muito importante. Era um ponto de encontro porque as competições da federação eram lá. Já abrigou competições nacionais e até internacionais, mas foi abandonado, era uma das melhores piscinas do Brasil”, conta.Bonfim relembra que o parque foi desativado para que o Estádio Olímpico pudesse ser inaugurado e, depois disso, ficou esquecido.Desta feita, o convênio com a Caixa estima um gasto de R$ 3,798 milhões, sendo que o Estado terá de arcar com R$ 360 mil como contrapartida. Para se ter uma ideia, em 2013 o governo goiano previu gastos de cerca de R$ 8 milhões para a revitalização do Estádio e do Laboratório, ou seja, o dobro do que é estimado a ser gasto apenas com o Parque Aquático, que é composto de duas piscinas, uma de iniciação esportiva e outra olímpica, todas desativadas e sem uso. No entanto, até ser inaugurado, em 2016, os gastos chegaram a R$ 155 milhões para todo o Centro de Excelência.De acordo com a Seel, os projetos do convênio citado “estão em fase de elaboração de engenharia”. A pasta informa que “as reformas visam recuperar e modernizar praças esportivas, com o intuito de disponibilizar infraestruturas de qualidade para atividades recreativas e de integração comunitária, atendendo desde a iniciação esportiva ao alto rendimento”. Completa ainda que “os projetos devem ser finalizados e entregues até o final do ano”.Porém, após esta etapa, ainda será necessária a licitação e a execução dos projetos, com a liberação dos recursos, e, assim, “a previsão do início das obras é para o primeiro semestre de 2023”. Em 2019, já na gestão Ronaldo Caiado (União Brasil), a Seel chegou a recuperar uma das piscinas de iniciativa esportiva, que começou a ser usada para aulas com turma de pessoas com deficiência. Laboratório usado para aula da UEGDesde a reinauguração do Centro de Excelência do Esporte em Goiânia, em 2016, a intenção do Estado foi de partilhar a gestão do espaço. No final daquele ano foi firmado acordo com a Universidade Estadual de Goiás (UEG), que só ocupou de fato em 2018, com a transferência do Campus da Escola Superior de Educação Física e Fisioterapia de Goiás (Eseffego) do Setor Leste Universitário para o Setor Central. Com isso, há o compartilhamento da gestão entre a atividade acadêmica e os projetos da Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Seel). A UEG desenvolve suas atividades acadêmicas e administrativas no local. As salas do complexo são usadas como salas de aulas para graduações da universidade, como Educação Física e Fisioterapia. “Para as aulas práticas dos cursos de Educação Física ou para eventos, a Seel autoriza a utilização de quadras, piscinas (duas que não fazem parte do parque aquático do complexo e que estão em funcionamento) e pista de atletismo, que estão sob responsabilidade da secretaria”, diz a UEG. “Toda a parte do prédio do Centro de Excelência que é de responsabilidade da UEG é mantida pela própria universidade e encontra-se em condições adequadas de uso.”