Um relatório elaborado pela Comissão Eleitoral da Universidade Estadual de Goiás (UEG) verificou que apenas 4 dos 41 câmpus da instituição comprovaram regularidade na escolha dos nomes para o Conselho Superior Universitário (CSU). Foram encaminhados formulários para todos os câmpus, entretanto 20 não responderam. Dentre os 20 que enviaram informações, há, além dos quatro em conformidade, seis preliminarmente irregulares. Ainda neste grupo, dez informam que não houve interessados no pleito, entretanto, não enviaram documentação comprobatória. A eleição do CSU no Câmpus de Morrinhos é alvo de ação judicial por indícios de falhas.O prazo estipulado para reportar as informações era o último dia 5, mas foi prorrogado até o próximo dia 9.Caso as irregularidades sejam confirmadas, sindicâncias devem apurar a responsabilização da fraude e se houve intenção de desrespeito às normas.A decisão de “passar um pente fino” na regularidade dos conselheiros universitários surgiu após uma denúncia envolvendo o Câmpus de Morrinhos, próximo a Caldas Novas, em março deste ano. Mais de cem estudantes organizaram um abaixo-assinado que indicava que um estudante da unidade estaria votando no CSU sem ter sido eleito, como é previsto no estatuto da universidade.A partir disto, o reitor interino Rafael Borges decidiu não só apurar a situação deste conselheiro de Morrinhos como de todos os demais câmpus da UEG.O Conselho Universitário é formado por três representantes de cada uma das oito regionais da UEG, sendo um estudante, um professor e um técnico-administrativo. Estes representantes, que são conselheiros com poder de voto, devem ser escolhidos por eleição em seus respectivos câmpus.Na prática, esta apuração é feita pela Comissão Eleitoral Central da UEG, que enviou solicitações para todos os câmpus, de documentos que comprovem a realização de eleições para a escolha dos conselheiros. Uma nova data limite para a entrega dos dados será definida, segundo a assessoria de imprensa da universidade.No entanto, diante da atual situação, Borges afirma que existe uma normativa de como proceder nas eleições locais e que desta vez é essencial uma representação no CSU com legitimidade. “Precisamos primeiro resolver isto, porque não tem como convocar eleição para o CSU em meio a esta crise”, afirma.DemissõesO reitor da UEG diz ainda que procura ajustar a situação o mais breve possível, já que a instituição está próxima de cumprir uma ação judicial, que ordenou em março deste ano, a rescisão de 1.490 contratos de funcionários temporários. Este número representa 47% da mão de obra da instituição de ensino superior atualmente, no qual 700 são de professores e 790 de técnicos administrativos.No caso do curso de Medicina Veterinária, que recebeu reclamações de estudantes, o reitor afirma que nesta segunda-feira (7) foram nomeados seis novos professores efetivos. “Este problema já está resolvido, e quanto ao desfalque de professores para atender os alunos estamos estudando as alternativas”, diz. Segundo ele, como ainda há um porcentual que pode ser recontratado por meio de processo seletivo, com carga horária diferente, esta será possivelmente a opção escolhida para reverter a crise.As primeiras rescisões aconteceram no início de agosto, com 190 demitidos. Com um desfalque tão grande, o futuro da UEG começou a ser considerado incerto. Mas o reitor garante que tudo será normalizado.“O que acontece é que os contratos estipulavam o período de um ano, com possibilidade de prorrogação, no entanto, alguns deles estavam há 15 anos desta maneira e nunca foram resolvidos”, explica Borges. O reitor acrescenta que somente após o ajuste em relação à ação judicial, e a apuração quanto às eleições dos conselheiros é que será possível uma eleição para um novo reitor.Rafael Borges assumiu a reitoria da UEG temporariamente após Haroldo Reimer, investigado por supostas irregularidades no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), pedir afastamento do cargo e o substituto, Ivano Devilla, renunciar ao posto. Mudanças são feitas em editalO número de vagas ofertadas para o próximo vestibular da Universidade Estadual de Goiás (UEG) foi reduzido e o valor das inscrições está mais barato. Estas foram as principais novidades divulgadas nesta segunda-feira pelo reitor interino Rafael Borges. No vestibular para o primeiro semestre do ano passado foram ofertadas 5.035 vagas. Já neste ano, devido a uma ação judicial que ordena demissão em massa de funcionários por irregularidades apontadas em março deste ano, o número foi reduzido para 3.694, distribuídas nos 40 cursos disponíveis.Além disto, a UEG deixa de oferecer vestibular para sete cursos, pois estes tiveram nota 1 no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). “Cinco já estavam suspensos anteriormente devido a nota”, explica o reitor. Para este ano, na prática ficarão de fora os curso de, Economia em Itumbiara e Ciências Contábeis em Uruaçu.As inscrições podem ser feitas pelo site da UEG, entre amanhã (9) e 11 de novembro. Já o vestibular será realizado no dia 15 de dezembro. Em relação às taxas de inscrição, estas foram alteradas de acordo com o curso oferecido. Medicina passou de R$ 280 para R$ 180, já nos demais cursos, as inscrições passaram de R$ 120 para R$ 100, com exceção de Arquitetura, que passou de R$130 para R$ 120.“Os alunos melhor classificados vão poder escolher em qual unidade vão querer estudar e, assim, vamos confirmando e fechando as turmas. Estamos dando protagonismo aos estudantes. Poderão ser marcadas até três cidades de interesse”, disse o Borges. Guia do alunoVestibular UEG abre processo seletivo para vestibular 2020/1. Saiba mais:Vagas disponíveis: 3.694Prazo de inscrição: De 9 de outubro a 11 de novembroNúmero de cursos oferecidos: 40Data da prova: 15 de dezembro de 2019Taxa de inscrição:Curso de Medicina: R$ 180,00Arquitetura e Urbanismo: R$ 120,00Demais cursos: R$ 100,00Site para inscrição: www.nucleodeselecao.ueg.br