A titular da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad), Andréa Vulcanis, declarou nesta sexta-feira que o governo, até o momento, não tem conhecimento de qual o potencial de risco das barragens espalhadas pelo Estado.Segundo a secretária, o cadastramento das empresas donas das barragens servirá para criar uma base de dados com o levantamento e classificação dos barramentos para que a força-tarefa criada entre Semad, Batalhão Ambiental da Polícia Militar (PM) e Corpo de Bombeiros possa começar a atuar na fiscalização. “A classificação é que vai dar pra nós a prioridade de fiscalização, porque hoje são empreendimentos praticamente invisíveis pro Estado do ponto de vista do risco e potencial de dano”, declarou.Andréa explicou que o recurso de R$ 500 mil recebido pelo Ministério Público do Trabalho de Goiás (MPT-GO) será destinados a capacitação de técnicos e agentes da força-tarefa e adesão de maquinário especializado para a fiscalização, como equipamentos sensoriais, drones com câmeras multiespectrais, além de computadores e monitores, que estarão a disposição da Central Técnica Ambiental. “A força-tarefa já está em atuação, iniciamos vistorias preliminares nos empreendimentos e agora estamos fechando a norma que vai regulamentar toda a operação, para que os empreendedores apresentem seus documentos de cadastramento”, disse.Segundo a secretária, em, no máximo, 15 dias, o cadastramento deve começar. No momento, a operação busca finalizar os detalhes da norma de regulamentação e realizar os testes finais no sistema responsável por receber os futuros cadastros para que os barramentos possam ser classificados sobre seu risco e potencial de danos.Sobre as capacitações, a força-tarefa está enviando seus agentes para a Escola Nacional de Administração Pública (Anap), para que participem do curso de Segurança de Barragens, oferecido pela Agência Nacional de Águas (ANA). Até o momento, foram captadas 11 vagas.R$ 500 mil para fiscalizaçãoNa solenidade, ocorrida nesta sexta-feira, o Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) destinou R$ 500 mil à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) para ser empenhada em Goiás na aquisição de bens e contratação de serviços.O promotor chefe do MPT-GO, Tiago Ranieri, explicou que o recurso surgiu a partir de condenações de empresas que não cumpriram a legislação trabalhista. “Esses recursos podem ser destinados para fins de reparação de danos sociais, então nós entendemos que a destinação desse recurso pode auxiliar nas fiscalizações de barragens”, disse. “Goiás não tem uma fiscalização efetiva no que diz respeito às barragens. A ideia é contribuir com esse recurso para aquisição de bens e contratação de serviços o quanto antes”, afirmou Ranieri.