O prefeito Rogério Cruz (Republicanos) exonerou o presidente do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas). O desligamento de Luiz Carlos da Silva Júnior, conhecido como Júnior Café, foi publicado nesta sexta-feira (4), no Diário Oficial, e acontece logo após clínicas e bancos de sangue suspenderem o atendimento aos usuários do instituto.Em substituição a Júnior Café, Cruz nomeou Jefferson Leite da Silva como novo presidente do Imas. A nomeação também foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial do Município, com data desta quinta-feira (3).Crise no ImasA exoneração de Júnior Café ocorre imediatamente após a crise envolvendo o Imas, com a suspensão do atendimento aos usuários do instituto por hospitais, clínicas e bancos de sangue, anunciada pela Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg).Em comunicado na última quarta-feira (2), a entidade declarou que a suspensão dos serviços decorre da “falta de resposta da diretoria do Imas sobre os pagamentos em atraso e há mais de cinco meses sem receber pelos serviços prestados”.“Somente os atendimentos de urgência e emergência e aqueles já agendados serão mantidos. A medida é extrema, mas se faz necessária diante da inviabilidade da manutenção da assistência, que tem um custo elevado, e da falta de compromisso por parte do Imas, que tem causado sérios prejuízos aos prestadores”, pontuou a nota.Outra entidade a manifestar descontentamento foi o Sindicato das Clínicas Radiológicas, Ultrassonografia, Ressonância Magnética, Medicina Nuclear e Radioterapia de Goiás (Sindimagem), que, em ofício, informou aos Imas a "impossibilidade" de manter o atendimento aos usários do instituto - iniciativa que afeta mais de 80 mil pessoas.Suspensão pegou Imas de surpresaEm nota enviada ao POPULAR, o Imas declarou que a nota divulgada pela Ahpaceg “causou surpresa”. De acordo com o instituto, a “quebra de contrato para o não atendimento aos usuários implica em sanções legais, pois, o contrato entre os prestadores e o órgão prevê notificação de 30 dias para seu encerramento, o que não se verificou junto aos departamentos do Imas”.Ainda segundo a nota, o sistema do Imas registra pagamento para a grande maioria dos prestadores de serviço, “deixando em aberto cerca de cinco unidades cuja documentação está sob crivo de análise por apresentar documentação destoante dos serviços prestados”. O instituto disse também que, desde novembro de 2021, "abriu prazo para novos credenciamentos, registrando até a presente data, a habilitação de quase 400 prestadores, entre clínicas, hospitais e atendimentos em consultórios, além de laboratórios e home care."“As unidades de saúde em análise tem sua documentação liberada para pagamento junto à municipalidade tão logo as dúvidas sejam sanadas”, arrematou.