Atualizado às 16h29 do dia 20/04/2020O Estado de Goiás tem a menor taxa de ocupação hospitalar pública e privada do país. É o que afirmou o secretário de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Ismael Alexandrino, durante entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (20), no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia. Segundo ele, a taixa baixa se explica por conta do sucesso do isolamento social na luta contra o novo coronavírus (Covid-19). “Na rede pública temos uma ocupação que gira em torno de 67%, incluindo Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria. Na rede particular a Associação dos Hospitais Particulares de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) nos informou que a ocupação está em torno de 50%", afirma.Dos leitos de UTI, 88% estão ocupados. No Hospital de Campanha para o Enfrentamento ao Coronavírus (Hcamp), em Goiânia, a ocupação está em torno de 11%. Sendo assim, dos 2,486 leitos estaduais, 810 estão desocupados. Na rede privada, dos 1.600, 800 estão disponíveis e no HCamp dos 210 leitos, 186 estão vagos.Alexandrino ressalta que a conta dos leitos gerais ocupados no Estado exclui os leitos disponíveis na Maternidade Célia Câmara, conhecida como Maternidade Oeste, e no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), ambos na capital.DificuldadesDe acordo com ele, a principal dificuldade enfrentada pela SES tem sido a aquisição de equipamentos como ventiladores e respiradores, uma vez que, as fábricas estão pedindo entre 45 e 60 dias para entregá-los. “No que diz respeito aos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) a situação está melhor e a indústria já começou a reagir”, pontua.De acordo com informações repassadas pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) neste mesmo dia, o Estado precisa adquirir mais de 200 ventiladorese monitores de UTI para suprir a demanda do Estado.O titular da SES ressalta ainda que esse não é um momento de verdades universais e que a manutenção do isolamento e o uso de máscaras são essenciais. “São ações simples, mas em meio a pandemia são elas que vão garantir que o Estado de Goiás passe por esse momento de forma mais tranquila”, pontua Alexandrino. RegionalizaçãoO secretário diz que as adaptações que estão sendo feitas na rede pública do Estado de Goiás por conta da Covid-19 estão sendo pensadas para permanecerem depois que a pandemia passar. "Se olharmos bem estamos conseguindo regionalizar a saúde como já era nosso plano com unidades estaduais equipadas com Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no interior. A ampliação de leitos que está sendo feita agora nos deixará com a quantidade ideal de leitos", finaliza o titular da SES-GO.