O agricultor Nei Castelli teve o pedido de soltura negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta sexta-feira (17). Nei é apontado pela polícia como mandante dos assassinatos dos advogados Marcus Aprigio Chaves, 41, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, 47, no escritório onde eles trabalhavam, no setor Aeroporto, em Goiânia.O crime ocorreu no dia 28 de outubro do ano passado. Marcus Aprígio Chaves é filho do desembargador Leobino Valente Chaves, ex-presidente do Tribunal de Justiça de Goiás. Segundo as investigações, o agricultor pagaria R$ 100 mil para os contratados para cometerem o crime caso eles saíssem impunes e R$ 500 mil se fossem presos. As mortes foram encomendadas após os advogados terem êxito no processo que defendiam contra o agricultor.Ao POPULAR, o assistente de acusação Luís Alexandre Rassi relatou que, com o habeas corpus negado, Nei Castelli deve aguardar na prisão o julgamento pelo júri popular “pelos crimes bárbaros que cometeu”. A reportagem tentou contato com a defesa do agricultor Nei Castelli, mas não obteve retorno. O espaço permanece aberto para manifestação.Leia também:Filho de desembargador e ex-conselheiro da OAB são mortos a tiros dentro de escritório, em Goiânia“Advogados foram mortos porque tiveram êxito no processo de reintegração de posse”, afirma delegadoAcusados de matar advogados dentro de escritório em Goiânia vão a júri popularSuspeitos indiciadosPedro Henrique, de 25 anos, o executor, foi indiciado por dois homicídios duplamente qualificados e também por roubo. Jaberson Gomes, de 24, que também responderia pelos mesmos crimes, morreu em ação policial no Tocantins, no ano passado.O agricultor Nei Castelli, de 58 anos, foi indiciado pelos dois homicídios com as mesmas qualificadoras acrescido de motivo torpe.