A Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve arquivado o inquérito que investigava o Padre Robson de Oliveira por supostos desvio e lavagem de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). O pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO), de relatoria do ministro Olindo de Menezes, foi rejeitado na tarde desta terça-feira (15) pela quarta vez.Em 6 de outubro de 2020, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) determinou o trancamento do inquérito policial por entender que não houve crime, considerando que, por ser uma associação civil, a Afipe pode realizar práticas comerciais previstas em estatuto com dinheiro doado voluntariamente pelos fiéis.Leia também:- Padre Robson volta às redes sociais para falar de perdão e julgamentos alheiosAo POPULAR, um dos advogados do religioso, Pedro Paulo de Medeiros, disse que a decisão não altera a posição da defesa de que não houve irregularidades praticadas pelo padre. “Isso foi reconhecido pelo TJ-GO em unanimidade e já foi confirmado pelo STJ em quatro oportunidades”, afirmou o advogado, que disse ainda esperar que o MP-GO se dedique a outros assuntos e “permita ao Padre Robson seguir a vida sacerdotal.”Operação VendilhõesA apuração contra padre Robson começou em 2018. Entre as denúncias, o MP-GO aponta que o religioso desviou cerca de R$ 100 milhões para compra de imóveis e veículos, incluindo um avião. O padre foi denunciado por diversos crimes, entre eles falsidade ideológica, apropriação indébita e lavagem de dinheiro.