O Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), da Polícia Civil, recebeu na tarde desta terça-feira (16) o procedimento relacionado ao suposto caso de racismo ocorrido em um hipermercado do Setor Marista, em Goiânia, no último domingo (14). A informação foi confirmada ao POPULAR pelo titular da especializada, delegado Joaquim Adorno, que prepara o relatório para ser encaminhado ao Judiciário.Segundo ele, o homem suspeito do crime foi solto. Relato da Polícia Civil ao qual a reportagem teve acesso mostra que o suspeito foi autuado por injúria racial.O caso aconteceu por volta das 18h de domingo (14), quando um homem de 32 anos, exaltado, reclamou da demora no atendimento no hipermercado Extra e recusou conversar com uma funcionária negra. “Além dessa demora, eu ainda tenho que ser atendido por uma preta! Não irei falar baixo com uma preta! Sou racista mesmo! E não sou obrigado a conversar com uma preta”, teria dito o homem, segundo resumo da Polícia Civil.O fato se desdobrou em uma briga no estacionamento entre o agressor, a mãe dele e alguns clientes que testemunharam o ocorrido. A confusão terminou somente com a chegada da Polícia Militar. A história foi relatada ao POPULAR pela técnica de enfermagem Thais Cruvinel, de 23 anos, que estava no local.Em nota enviada nesta terça-feira (16), o Extra afirmou que, no dia do ocorrido, assim que soube da agressão verbal e respeitando o posicionamento da funcionária que foi vítima, acionou as autoridades. “O Extra informa ainda que não tolera nenhum tipo de agressão física, verbal ou emocional, combate todo e qualquer tipo de discriminação e racismo, e está prestando todo apoio à colaboradora", diz o texto da empresa.