Um homem foi preso em flagrante no final da tarde desta segunda-feira (17) suspeito de observar uma estudante, de 20 anos, enquanto ela usava o banheiro. O caso aconteceu no prédio da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), no setor Jardim Goiás, em Goiânia. Segundo os estudantes, este não é o primeiro caso nas dependências do campus. PUC-GO informa que disponibilizou um advogado para acompanhar a estudante na delegacia.A vítima, que preferiu não se identificar, disse que por volta das 17h20 foi ao banheiro feminino do terceiro andar e, ao entrar no local, o espaço estava vazio. Então, o homem entrou e ficou olhando por cima do box. “Quando eu o vi, gritei e ele saiu correndo. Então, outros colegas ouviram a gritaria e correram atrás dele e o pegaram”, disse ao POPULAR. Os pais da estudante foram até a faculdade e, juntos, foram para a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam). A Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) foi acionada e o suspeito foi detido.A vítima foi acompanhada também por uma outra estudante até a Deam, que afirma ter passado pela mesma situação. Alunos reclamaram da falta de segurança no local. “As catracas de entrada não estão funcionando, então, permanecem sempre abertas. Além disso, há poucos vigilantes para o prédio e não tem câmeras de segurança em todos os andares”, disse uma das estudantes que preferiu não se identificar. Segundo ela, só tem câmera em frente aos banheiros do primeiro andar do prédio. Estudantes disseram que este não é o primeiro caso na instituição. Segundo relatos, de janeiro para cá, outras três situações foram denunciadas. Nesta segunda-feira (17), o Centro Acadêmico Clóvis Bevilácqua, do curso de Direito, enviou um ofício à Coordenação de Assuntos Estudantis solicitando, em caráter de urgência, a intensificação das medidas de segurança e iluminação no estacionamento do prédio. Segundo o documento, com a pandemia da Covid-19, o número de profissionais da segurança foi consideravelmente reduzido no local. Os estudantes pedem ainda que as catracas sejam consertadas, visto que antes da pandemia, o acesso ao prédio só era feito com a apresentação da carteirinha estudantil ou com documento pessoal de identificação. Leia também:- Esplanada do CCON em Goiânia é fechada para receber evento de Natal- Mais de 400kgs de alimentos vencidos são apreendidos em supermercado de Goiânia- Motorista é preso suspeito de dirigir bêbado caminhonete com mulher e sete crianças, em AnápolisEm nota, a PUC-GO informa que garantiu apoio à estudante e disponibilizou um advogado para acompanhar o caso. Além disso, universidade diz reforçar o "compromisso com o bem-estar e segurança de nossos estudantes".A identificação do suspeito não foi divulgada, por isso o POPULAR não conseguiu localizar a defesa. Até a publicação dessa matéria não foi possível conversar com a delegada responsável pelo caso, Luciane Shono para saber por qual crime o homem será indiciado. Confira a nota da PUC-GOAo tomar conhecimento do ocorrido, a PUC Goiás garantiu todo apoio possível à estudante. A diretora da Escola entrou em contato com a família da acadêmica. Um advogado da universidade a acompanhou até a delegacia para as providências cabíveis. Ambiente de socialização do conhecimento e de prestação de serviços à sociedade, as universidades são espaços abertos, por onde circulam pessoas da sua comunidade acadêmica, mas também de fora dela. Infelizmente, mal-intencionados podem se aproveitar disso para cometer atos com o ocorrido. Reforçamos nosso compromisso com o bem-estar e segurança de nossos estudantes.